domingo, 2 de dezembro de 2012
Por Victor Hugo de A. Peixoto, (Baseado no texto de "Cultura digital e educação: redes já!", de Nelson Pretto e Alessandra Assis, e no Programa Metrópole Digital - UFRN).
Apesar de estarmos vivendo numa sociedade em redes, grande parte da população ainda se encontra excluída do mundo digital e da chamada cibercultura. Mesmo com todas as políticas públicas para a inserção da população de baixa renda nesse mundo, nota-se que, a maior parte daqueles que estão conectados, são as pessoas que estão nas mais altas camadas da sociedade. Contudo, alguns projetos estão indo contra a essa maré, e inserido os jovens no campo tecnológico e nas redes digitais, fazendo o que chamamos de inclusão digital. Um exemplo local, e case de sucesso, é o projeto "Metrópole Digital" desenvolvido pela UFRN.
O Metrópole Digital é um curso de que visa capacitar jovens, que estão cursando ensino médio, como programadores. O objetivo do curso é oferecer mão-de-obra especializada em desenvolvimento de hardware e software; atuar como pólo gerador de novas oportunidades e empreendimentos em TI; e, o mais importante de tudo, fornecer inclusão digital e social. Durante o curso, os jovens recebem um incentivo financeiro para ajudar nas despesas de sua formação.
Em contrapartida, as desigualdades ainda continuam enormes. Os dados de exclusão social e digital ainda são preocupantes. Uma pesquisa realizada pelo RITLA, Instituto Sangari e o Ministério da Educação, mostrou que, e, de acordo com Assis e Pretto (2008), em termos de acesso à internet, o índice de Alagoas é 5,4 vezes menor que o Distrito Federal. A distância que separa o grupo de menor renda (0,5% de acesso) do grupo de maior renda (77% de acesso) é bem maior ainda: 154 vezes. Ou seja, aqui fica perceptível a grande exclusão social e digital.
Apesar de números tão assustadores, a primeira turma do Metrópole digital, que formou-se em julho de 2011, conseguiu capacitar cerca de 1200 jovens para o mercado da tecnologia da informação.
Assis e Pretto (2008), afirmam que, é imprescindível pensarmos em políticas de conexão que incluam, além das necessárias máquinas, o acesso à internet. Na minha opinião, o Metrópole Digital supera as expectativas dos autores, e, vai além da inserção digital, e dos jovens no mundo virtual, quando permite à eles sua capacitação, tanto para a empregabilidade, quando ao empreendedorismo, no campo tecnológico. Digamos que é esse pode ser o diferencial do projeto.
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