terça-feira, 8 de março de 2016

Kelly Piquet fala sobre sua nova profissão (longe da moda) e mais perto das pistas de corrida do pai

Em http://www.metropoles.com/colunas-blogs/ana-luiza-favato/kelly-piquet-fala-sobre-sua-nova-profissao-longe-da-moda-e-mais-perto-das-pistas-de-corrida-do-pai

08/03 5:30 , atualizado em 08/03 6:31


Kelly Piquet sempre flertou com o mundo da moda. Filha de modelo, ela já trabalhou na "Vogue Latinoamerica" como stylist assistant, logo depois estagiou como buyer na Bergdorf Goodman e também passou pela renomada KCD, maior agência de PR dos EUA, onde atuou na área de relações públicas. Mas nos últimos meses largou a indústria das bolsas, sapatos e vestidos incríveis para trabalhar com automobilismo, universo onde o pai Nelson Piquet foi ídolo.

Kelly, que acabou de regressar de uma viagem à Nova York, confessou que está apenas de passagem em Brasília. O próximo passo para a it girl é decidir em qual lugar irá morar, já que suas responsabilidades em torno da Fórmula E, onde atua como gestora de mídias sociais, começaram a tomar um espaço grande em sua agenda.

Para quem não sabe, essa categoria automobilística tem feito sucesso entre os apaixonados por velocidade, especialmente por causa da boa representividade brasileira na competição. Seu irmão, o piloto Nelsinho Piquet, por exemplo, foi um dos grandes campeões no último ePrix da temporada 2015.

Entretanto, o trabalho de Kelly vai além das pistas. Desde abril de 2015, ela se tornou responsável por toda a cobertura de mídia social do evento e vai a todas as corridas do calendário, que nessa segunda temporada já passou por China, Malásia Uruguai e Argentina e se prepara para em breve desembarcar no México, Estados Unidos, França, Alemanha Rússia e Inglaterra.

"Ando com três celulares o tempo todo cobrindo tudo que é voltado para conteúdo on-line e redes sociais. Além disso, faço um pouco da ponte entre os patrocinadores e apresento alguns vídeos do YouTube, principalmente sobre a atmosfera das corridas.

Para o desalento das fashionistas, a moda não é mais o foco principal de seu trabalho. Ela que costumava fazer várias coberturas relacionadas ao assunto e tinha uma coluna exclusiva na Marie Claire sobre lifestyle decidiu abdicar, por tempo indeterminado, esse segmento.

"A moda sempre esteve em segundo plano para falar a verdade. Apesar dela englobar meu estilo de vida e me fazerem muitos convites o tempo não me permite. Mas acredito que esse assunto não é restrito e nem fechado e transparece de alguma forma no meu trabalho com a Formula E"

Felipe Menezes / Metrópoles Felipe Menezes / Metrópoles

 

Para 2016, a agenda da brasiliense possui ainda mais trabalhos e viagens. Um convite para trabalhar na televisão também está nos planos dela que, devido a posições contratuais, só pode adiantar que o projeto "não será necessariamente brasileiro". Sobre um novo ... ( continua em http://www.metropoles.com/colunas-blogs/ana-luiza-favato/kelly-piquet-fala-sobre-sua-nova-profissao-longe-da-moda-e-mais-perto-das-pistas-de-corrida-do-pai )



Na realidade, meu foco não está na moda e nem na fórmula E. O que eu presto atenção sempre é em ser a melhor dentro do que eu estou fazendo. Seja o que for quero me concentrar e ser a melhor dentro daquilo que estou fazendo."
Kelly Piquet

Para quem quiser conhecer um pouco do trabalho da Kelly na Fórmula E, basta acessar: www.fiaformulae.com



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http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437



Indígenas vão escrever mestrado na língua da etnia no AM

Educação, Notícias 06/03/2016 - 19h25      


MIchelle Moreira

Dois indígenas do programa de pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vão poder escrever a dissertação de mestrado na língua materna. 

 

A iniciativa é considerada um marco no sistema do ensino superior para os índios do Brasil.
 

O professor de mestrado em antropologia social e orientador de um dos alunos, Gilton Mendes, explica que o projeto é fruto de um longo processo iniciado em 2010 no programa de pós-graduação. 

 

Nesta época, a instituição implantou as cotas para o ingresso de indígenas. Ele destaca que a solicitação partiu dos alunos e foi acatada pela direção.

 

Sonora: "A primeira questão é que todos nós sabemos. Isso é uma coisa simples, você pensa melhor, expressa melhor na língua materna, na língua que você foi educado para o mundo. Neste caso, em particular, esses alunos atualmente fizeram essa reivindicação com base neste primado: de que eles se expressam melhor em sua língua nativa."


O professor esclarece que os alunos também vão escrever uma versão completa em português. Mas a ideia é que no futuro, isso não seja necessário.


Dagoberto Lima é um dos alunos. A dissertação dele é sobre a formação do ambiente terra-floresta segundo a visão Tukana.

 

Dagoberto destaca que os conceitos são diferentes para os não índios. Por isso, para ele, é importante escrever a tese em língua indígena.
 

Sonora: "Por exemplo, terra-floresta, para os não indígenas, dividindo terra eles falam uma coisa, floresta falam outra coisa. Mas, para o nosso conhecimento, não há esta divisão. A floresta está em cima da terra. A terra depende da floresta e a floresta depende da terra. Não há como fazer essa separação. Entra as questões de mito, mitologia, e fundamenta nosso conhecimento."


O estudante pretende apresentar a dissertação ainda neste mês. A banca não está definida, mas a... ( continua em http://radioagencianacional.ebc.com.br/educacao/audio/2016-03/indigenas-irao-escrever-mestrado-na-lingua-da-etnia-no-am )

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http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


Cada sociedade inventa seu jeito para usar Facebook, Twitter e WhatsApp

Em http://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/03/cada-sociedade-inventa-seu-jeito-para-usar-facebook-twitter-e-whatsapp.html

07/03/2016 - 07h56 - Atualizada às 08h16 - POR GUILHERME FELITTI

O antropólogo Juliano Spyer, da University of Central London, explica diferenças regionais na forma como brasileiros, chineses, indianos e outros povos fazem uso das mídias sociais

O Twitter, o Facebook e o Instagram oferecem as mesmas ferramentas para qualquer usuário no mundo. Mas, dependendo de onde ele vive ou do grupo social no qual está inserido, essas ferramentas terão diferentes utilidades. 

Por quase um ano e meio, a universidade britânica University of Central London (UCL) conduziu um estudo, chamado Why We Post ("Por que postamos", em tradução livre), para entender como diferentes sociedades se apropriam e usam tecnologias e mídias sociais no seu dia a dia.

Juliano Spyer, University of Central London (Foto: Reprodução/Facebook)

Pesquisadores viveram durante 15 meses em nove lugares distintos, como uma cidade operária na China, um município pobre em Trinidad e Tobago, uma comunidade na fronteira entre Turquia e Síria, e um vilarejo no interior da Bahia com 20 mil habitantes.

Foi lá, na casa de um morador, que o antropólogo brasileiro Juliano Spyer, radicado na Inglaterra, passou seus 15 meses entendendo como os brasileiros mais pobres interagem com as mídias sociais. Por um "acordo ético" com os moradores, os nomes originais das cidades não são revelados. Cada uma recebeu um codinome. A cidade brasileira é "Balduíno".

O estudo chegou a conclusões interessantes sobre como diferentes povos ou até classes sociais dentro de uma mesma sociedade encaram de maneira diversa as mídias sociais. De maneira geral, famílias mais pobres encaram o uso de plataformas como Facebook, Twitter e Instagram como incentivos à educação, enquanto os mais ricos, no sentido oposto, enxergam todas como um obstáculo aos estudos.

Há também descobertas curiosas. As selfies, febre entre os usuários de smartphones nos dois últimos anos, são feitas de formas diferentes ao redor do mundo. No Chile, são mais comuns as "footies", ou fotos dos próprios pés, enquanto no Reino Unido fazem sucesso também as "uglies", nas quais os usuários tentam se fotografar com a pior expressão possível.

Na entrevista a seguir, Spyer explica algumas das descobertas sobre o Why We Post, principalmente as que dizem respeito ao Brasil. O Why We Post pode ser consultado online como um site com mais de 100 filmes e onze e-books gratuitos sobre as comunidades estudadas.

Vocês argumentam que a mídia social não se resume às plataformas, como Facebook e Instagram, mas principalmente ao conteúdo compartilhado ali, que tem impacto na vida das pessoas. Pode explicar melhor essa definição?
Geralmente vemos pesquisas que estudam plataformas. O exemplo típico e quase desgastado é o do Twitter como forma de ativismo político. Fala-se também do Facebook sendo usado no contexto da primavera árabe, ou nos protestos de 2013 no Brasil. Isso dá a entender que essas ferramentas tiveram um papel no que aconteceu ali. O que vimos, no entanto, é que há gêneros de postagens que acontecem independentemente da plataforma, e que podem migrar de uma plataforma para outra. Quando se fala que tal evento aconteceu por causa do Twitter ou do Facebook, a gente precisa se perguntar antes qual Twitter ou qual Facebook. A nossa experiência usando esses serviços é compartilhada, em geral, com pessoas que têm gostos e visões de mundo parecidas com as nossas e isso dá margem para se pensar que em todo o mundo o serviço é usado do mesmo jeito. Em termos globais, o Twitter é geralmente visto como um espaço para a circulação de informação; para jornalistas e ativistas se manterem em contato uns com os outros. Mas na Inglaterra, adolescentes se apropriaram do Twitter para manter contato quando não estão nas escolas. E esse tipo de postagem evoluiu a partir do uso do BlackBerry Messenger (BBM), anterior ao Twitter e que foi abraçado por esse segmento de usuários, no passado.

Como o uso de Facebook, Instagram e WhatsApp pode revelar particularidades culturais de cada sociedade ou grupo social?
Esses serviços são apropriados localmente. Por exemplo, no interior da Bahia, onde eu morei e fiz a pesquisa, jovens e adolescentes que usam mais intensamente as mídias sociais têm conhecimento de filtros de postagem (filtro é aquele mecanismo do Facebook para a pessoa postar uma foto que apareça para apenas uma parte dos seus contatos), mas não os usam. O problema é se algo postado não for visto. Durante os primeiros seis meses eu achava que eles faziam isso por ingenuidade, por falta de experiência no uso da internet. Mas à medida que fui me tornando próximo a algumas pessoas, passei a ver que elas têm um entendimento sofisticado do que seja privacidade. Elas entendem que esse tipo de restrição é inútil porque, se alguém quiser ver o que você está postando usando filtros, vai ver as suas postagens com outras pessoas. Por exemplo, uma filha negou o pedido de amizade para a própria mãe, que estava querendo ver se a filha estava namorando escondido. Essa mãe procurou a mãe de uma amiga da sua filha e expôs o problema. Elas fizeram com que a amiga mostrasse as publicações da filha. A gente precisa entender como o outro percebe o que é privacidade no contexto em que vive, para daí entender o que está acontecendo.

O estudo alega que, ao contrário do que se argumenta atualmente, a proliferação de smartphones e redes sociais permite que algumas sociedades tenham um contato inédito com privacidade. Por quê?
Nós achamos que estamos ficando cada vez mais individualistas. Richard Sennett, sociólogo americano, é talvez o pesquisador mais conhecido a tratar hoje desse assunto. Recentemente, tivemos um livro de muito sucesso, o "Alone Together", da Sheril Turkle, argumentando que a tecnologia está nos afastando. Acontece que esses estudos partem de pesquisas feitas nos Estados Unidos ou na Europa; daí, circulam pelos jornais, revistas do mundo e tem-se a impressão de que esses fenômenos são globais. Esse tema da privacidade fica claro na China, por exemplo; nas nossas pesquisas de campo, a família operária chinesa (os trabalhadores das fábricas) acha que é normal que uma família saiba tudo o que está acontecendo na casa. As portas estão sempre abertas, quando elas existem, e qualquer um da casa pode entrar ou sair. O celular é a primeira experiência de um equipamento que permite que a pessoa faça coisas sem que as outras saibam.

Balduino (Foto: Divulgação)

Como o uso constante de imagens e vídeos no Facebook, no WhatsApp e no Instagram tem relação com os índices de analfabetismo?
As mídias sociais são muito populares em lugares como Índia e Brasil, tanto para as elites educadas como também para quem tem baixa ou nenhuma escolaridade. Um dos motivos para que isso aconteça é o crescimento das possibilidades de comunicação por imagens. No povoado onde eu trabalhei, por exemplo, quase todo mundo tem dificuldades para ler e escrever. Quem teve pouca oportunidade de ir para a escola não se sente à vontade para escrever um comentário sobre política, porque essa pessoa não quer ser ridicularizada por causa dos seus erros de português. O meme resolve isso. Essa grande circulação de conteúdo visual permite que a pessoa que não se expressaria, se precisasse escrever, possa fazer isso: dizer o que acha do aborto, da religião, da política, do futebol, da corrupção. Nesse sentido, as mídias sociais não impactam o índice de analfabetismo, mas o grande encantamento que as crianças e os adolescentes das classes populares sentem por usar Facebook e WhatsApp e por jogar online definitivamente tem um impacto. Os pais desses jovens aprendiam a ler e a escrever, mas daí iam trabalhar em empregos manuais. As mídias sociais deram um motivo prático e palpável para esses jovens usarem a escrita e a leitura o dia inteiro. Antes da internet, uma criança brasileira pobre muito provavelmente chegava à escola sem nunca ter tido interesse em ler. Hoje, porque ela tem conta no Facebook e joga no computador, ela já traz para a  sala de aula um conhecimento do teclado e dos sinais gráficos, e também um desejo de saber mais, para seguir usando esses serviços.

Como foi sua experiência vivendo os 15 meses na Bahia?
A antropologia inglesa não recomenda que o pesquisador estude em seu próprio país, porque entende que a vivência do choque cultural é fundamental para que a gente aprenda. A ideia é que o pesquisador vá aprender os "códigos invisíveis" (tidos como óbvios no país de origem), justamente porque vai tropeçar em todos eles. Mas eu percebi, por essa experiência, que isso não faz sentido em países como o Brasil. Eu vivi esses 15 meses em constante estado de surpresa, me interrogando se aquele era mesmo o país em que eu nasci e vivi a maior parte da minha vida. Se não fosse pela antropologia, a única outra possibilidade de ter feito o que eu fiz seria como missionário, e isso não tem nada a ver com a distância. O povoado em que morei estava a uma hora de ônibus de Salvador e tinha tudo: supermercado, internet, TV a cabo e escola. Mas acho que a gente não se dá conta de como a sociedade é dividida e os grupos vivem distantes em termos de gosto, costumes etc. Pude frequentar durante muitos meses igrejas evangélicas e conviver com essas pessoas. As elites intelectuais brasileiras têm muito preconceito contra os evangélicos e têm uma visão estereotipada dessas pessoas; de que elas têm a cabeça fechada e são conservadoras. Isso sem nunca ter entrado em uma igreja ou tido a oportunidade de ver como essa generalização é vaga; dentro da mesma igreja você vai encontrar pessoas conservadoras e pessoas progressistas; há tensões dentro da igreja em relação a gerações, a relações de gênero etc. Sobre o restante da sua pergunta: eu uso o nome fictício de Balduíno para me referir a esse povoado por um acordo ético feito com os informantes. Essas pessoas não estão simplesmente preenchendo formulários. Fiquei amigo de várias famílias e tivemos conversas muito íntimas e delicadas. É muito importante preservar a intimidade dessas pessoas, e por isso a nossa equipe tem por obrigação deixar anônimas as informações. Isso é ainda mais importante no Brasil, para não colocar essas pessoas em situações de maior vulnerabilidade ao expor as histórias delas. Moramos durante 15 meses e vivemos em uma casa local, sim, mas menos exposta, porque me mudei com a minha família. Essa negociação precisou acontecer, porque minha mulher abriu mão de viver onde queria por 15 meses, para estarmos juntos ali.

spyer_balduino1 (Foto: Divulgação)

Comparado aos estudos conduzidos pelos outros antropólogos, quais são as particularidades de uso de mídias sociais por parte dos brasileiros? Há algum tipo de uso das plataformas sociais que é encontrado só aqui?
Eu não falaria sobre os "brasileiros" porque essa categoria é muito ampla. Nós moramos em um povoado ligado à industria do turismo na Bahia. Essas famílias, muitas migrantes, fazem parte desse grande fenômeno social que o Brasil vem experimentando nos últimos 50 anos, de se tornar predominantemente urbano. Esses, então, são os brasileiros que vêm sendo chamados de nova classe média ou nova classe trabalhadora, dependendo do enquadramento teórico usado. Um elemento fundamental a ser destacado diz respeito à visão que temos sobre a influência da internet na vida. A gente vê a internet como mais um passo nesse movimento de cada vez mais encurtar a distância entre os lugares. Então, há 200 anos havia o correio, depois veio o telégrafo, depois o rádio, depois o telefone, depois o satélite e agora a internet. Essa é uma "narrativa" com que a elite educada no Brasil, que é cosmopolita, vai se identificar. Tem a ver com usar a internet para driblar as barreiras de espaço e tempo e poder manter contato com quem está longe. Isso, no entanto, não corresponde a como a internet funciona em Balduíno. A gente fala da internet como essa estrutura de cabos de fibra óptica e computadores avançados; no entanto, nesse povoado e provavelmente também entre brasileiros desse mesmo segmento, as mídias sociais servem para eles se manterem em contato com as pessoas que eles já encontram e convivem cotidianamente.

O estudo afirma que no Brasil a igualdade online não significa que é também offline, dando o exemplo de funcionários que têm celulares iguais aos dos patrões, sem que a relação se torne pessoal. O smartphone, nesse caso, se transforma em uma ferramenta de status social? É um fenômeno que se observa apenas no Brasil?
O telefone não diferencia quem o tem, diferencia pejorativamente aqueles que ainda não têm acesso a ele. Um professor local me contou de uma mãe muito pobre, que sustenta a casa sozinha com os filhos e gastou R$ 1,7 mil de uma indenização trabalhista para comprar um telefone caro para a filha adolescente. O professor achou um absurdo que ela usasse o dinheiro daquele modo e não para comprar a porta do banheiro da casa deles. Essa adolescente não tinha se tornado mais importante entre os colegas dela por causa do telefone, porque todos eles têm. O telefone em si não serve só para mostrar prestígio; ele serve para a pessoa seguir pertencendo àquele grupo. Uma jovem também do mesmo povoado me disse um dia que desconfia de quem tenha a idade dela e não esteja no Facebook. Ter o equipamento serve para a pessoa se manter dentro dos círculos sociais dela.

A pesquisa indica que só 39% dos brasileiros já namoraram alguém conhecido online. Achei sempre que fosse mais. O número te surpreendeu?
Em geral se pesquisa a internet procurando as pessoas que a usam mais intensamente. Isso acaba distorcendo o resultado, porque os usos cotidianos das pessoas comuns não são pesquisados. Esse resultado que você menciona leva em consideração respostas de pessoas que moram nessa vila e usam a internet, mas não apenas os jovens solteiros. Há homens e mulheres, desde a adolescência até idosos. A internet e as mídias sociais são geralmente retratadas como fenômenos ligados à juventude, e por isso essa expectativa de que muitas pessoas tenham namorado com alguém conhecido pela internet. No contexto desse povoado, com baixa escolaridade, muitas pessoas ainda estão aprendendo a usar essas ferramentas. Para muitos, é difícil escrever; como você vai flertar com outro sem passar pela "fase" da conversa pelo chat? Mais: nem todo mundo, nessas pesquisas, quer admitir o que fez ou não fez, especialmente em questionários preenchidos na rua, como foi o caso desse. No entanto, esse é o resultado que recebemos. Mas podemos dizer também, pela parte qualitativa da pesquisa, que na Bahia as pessoas não precisam de mídias sociais pra namorar (risos).

Pelos resultados da pesquisa, o Brasil parece ter a impressão que mídia social é ruim para a educação, para o emprego e que aumenta a infidelidade, enquanto chineses e indianos pensam o contrário. De onde vem essa desconfiança brasileira?
Esse resultado expressa a percepção que as pessoas desses lugares têm em relação às mídias sociais. Na verdade, a perspectiva na China, no Brasil e na Índia varia segundo a posição socioeconômica. As famílias mais pobres em Balduíno, por exemplo, sentiam orgulho de ver seus filhos passando as tardes nas LAN houses, porque isso era entendido como uma demonstração de interesse por tecnologia, o que sugere a perspectiva de se ter empregos melhores no futuro. Já as famílias evangélicas, com pais e mães com maior alfabetização, faziam de tudo para tirar os filhos das LAN houses. Esse é um dos motivos da compra dos computadores domésticos. Elas não querem que o filho ou a filha fiquem sem supervisão e corram o risco de serem expostos a situações de perigo. Em uma das famílias com quem eu convivi, os pais descobriram a tempo que a filha de 12 anos estava conversando por celular secretamente com um homem mais velho que ela tinha conhecido pelo Facebook. O que... ( continua em http://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2016/03/cada-sociedade-inventa-seu-jeito-para-usar-facebook-twitter-e-whatsapp.html )


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Jornalista desafia hackers a destruir sua vida e se arrepende [vídeo]

04 mar 2016 — 01h26

Um jornalista do canal de televisão Fusion resolveu fazer um experimento para concluir o quão fácil e prejudicial pode ser um ciberataque. Durante o oitavo episódio da série-documentário Real Future, Kevin Roose visitou a DefCon em Las Vegas, a maior conferência hacker do mundo, para conseguir algumas respostas.

Para se ter uma ideia da magnitude e da importância do evento, os organizadores recomendam que todos os visitantes desativem o WiFi e não utilizem nenhum caixa eletrônico espalhado pelo lugar, para não serem hackeados.

Kevin Roose desafiou os melhores profissionais do ramo de segurança do mundo a invadir sua vida virtual com diferentes técnicas e mostrar o que eles poderiam fazer com as informações roubadas. Abaixo você confere todas as etapas do processo:

[O vídeo pode ser acessado no site original do texto]

Uma ligação inocente

Primeiramente, o jornalista se reuniu com Chris Hadnagy, fundador da Social Engineer Inc., uma empresa que estuda ciberataques que exploram pontos fracos do ser humano em vez de utilizar códigos ou malware.

Com a ajuda de um membro da equipe, o repórter testemunha ao vivo o uso da técnica de "phishing call". Nela, a hacker realiza uma ligação para a empresa de TV a cabo fingindo ser sua esposa cuidando de um bebê que não para de chorar. Depois de enganar facilmente o atendente, a hacker foi capaz de acessar o email de Kevin e mudar sua senha, tudo isso utilizando um telefone e um vídeo do YouTube.

[O vídeo pode ser acessado no site original do texto]


Email suspeito

Depois do choque inicial, Kevin desafiou o hacker Dan Tentler a roubar informações sigilosas com outra técnica. Utilizando apenas um simples link enviado por email, o profissional de segurança foi capaz de invadir o computador pessoal do jornalista e forjar diversas janelas de aviso do sistema.

Com isso, ele teve acesso à senha-mestra de Kevin, podendo controlar sua conta bancária, serviços de internet e ações na bolsa de valores. "Eu poderia enviar um email para todos aqui nesta sala em seu nome. Eu poderia ser você neste momento se eu quisesse", confessou o hacker Dan Tentler.

"Eu poderia deixar você miserável e sem-teto"

Além de todas as senhas e dos logins roubados, o hacker instalou um software no computador pessoal de Kevin que captura uma imagem da tela e da webcam a cada dois minutos.

"Eu poderia acabar com a sua vida. Eu tenho controle total da sua vida virtual, todas as suas credenciais, todo o acesso ao seu controle financeiro, suas informações profissionais e pessoais", afirma Tentler. "A única coisa que eu não tenho são suas impressões digitais".

[O vídeo pode ser acessado no site original do texto]

Terrorismo e extorsão

Depois de sua segunda entrevista, Kevin Roose já queria "jogar seu notebook na parte mais funda do oceano", porém, com a próxima etapa do documentário, ele descobre que isso não seria o suficiente. Mesmo se você cortasse todos os seus meios de acesso virtual, você ainda estaria vulnerável a ataques hackers. Isso porque quase tudo atualmente é controlado por sistemas conectados.

O jornalista se encontrou com Marina Krotofil, consultora de invasão digital de fábricas químicas, para perguntar o que aconteceria se os hackers colocassem seus esforços na infiltração de sistemas de empresas de infraestrutura.

A profissional Marina Krotofil revela que esse tipo de ciberataque é mais comum do que ele imagina e acontece a todo momento. A estratégia mais utilizada hoje em dia é a de extorsão, na qual os hackers ameaçam causar acidentes se as empresas não pagarem certa quantia em dinheiro.

Ela afirma ainda que o ataque hacker mais perigoso que existe é o direcionado aos satélites. "Tudo hoje em dia navega pelo GPS. Afetando os sinais do satélite, seria possível causar acidentes entre navios ou aviões", disse Marina Krotofil.


Com medo?

Por fim, Kevin Roose se encontra com o diretor de segurança Morgan Marquis-Boire para perguntar como ele pode se proteger dos ciberataques. O profissional faz uma pergunta ao repórter capaz de responder sua dúvida e assustar ao... ( continua em http://www.tecmundo.com.br/ataque-hacker/101739-jornalista-desafia-hackers-destruir-vida-arrepende-video.htm )

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http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


Receita está de olho até nas redes sociais


06/03/2016 - 08h18 - Atualizado em 07/03/2016 - 21h51
Autor: Beatriz Seixas | bseixas@redegazeta.com.br 

Fisco monitora perfis na internet para evitar sonegação

Postagens em redes sociais mostrando o dia a dia das pessoas podem render aos internautas muito mais do que algumas curtidas e comentários. A exibição na web pode ganhar também a atenção da Receita Federal.
Isso porque o Fisco está de olho em páginas como Facebook, Instagram, Youtube, além de outras redes, para analisar se contribuintes estão escondendo informações do órgão.
Nos últimos anos, a internet se tornou uma aliada dos auditores da Receita, que em alguns casos vasculham os perfis dos brasileiros para confrontar se a rotina da pessoa bate com o que ela apresenta na declaração do Imposto de Renda (IR).
O delegado adjunto da Receita Federal no Espírito Santo, Ivon Pontes Schayder, explica que não se trata de uma violação de privacidade, mas de lançar mão de uma ferramenta que oferece muitas pistas e informações.
"Não é uma questão de intimidade, mas uma questão de avaliação patrimonial e de disponibilidade financeira. Existem situações de pessoas que colocam fotos de muitas viagens, carros de luxo e outros bens que indicam que ela tem um patrimônio elevado. Mas quando olhamos a declaração dela, percebemos que existe uma divergência entre o salário informado e a vida social que tem."
Quando isso acontece, o delegado esclarece que o contribuinte é chamado pela Receita para prestar esclarecimentos. Se as justificativas apresentadas forem consistentes e sejam provadas, a pessoa é liberada. Mas se não houver elementos que atestem o motivo para a discrepância de informações, o contribuinte poderá ser autuado e cobrado.
"E, dependendo da inconsistência, existe a possibilidade de identificação ainda de fraude, dolo ou simulação, que poderão ser representados ao Ministério Público, levanto até mesmo a pessoa a pegar de dois a cinco anos de reclusão", explica.
Cruzamento
E não é apenas com as redes sociais que a Receita consegue localizar contribuintes que tentam enganar a instituição. O avanço da tecnologia e os investimentos em programas e sistemas operacionais estão permitindo que o cruzamento de dados seja mais eficaz.
A gama de declarações que a Receita recebe – como Dirf, Doi, Dimob, Dimof, Decred, Dmed – reforçam o trabalho dos auditores. O delegado Schayder comenta que elas trazem informações ligadas a rendimentos retidos na fonte, operações imobiliárias e financeiras, serviços médicos, entre outras.
Para o doutor em Contabilidade e professor da Fucape Valcemiro Nossa, é como se o contribuinte vivesse em um "Big Brother da Receita". "Tá todo mundo vigiando de todos os lados. Essa é uma situação interessante porque mostra como a Receita vem se desenvolvendo e como o Brasil está à frente de outros países. Mas o que nos choca é que, apesar da intenção do Fisco ser justa, não vemos esse dinheiro retornar em benefícios para a população.
Prazo
Os contribuintes têm até 29 de abril para entregarem a declaração do IR. Estão obrigadas a apresentar o documento quem recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.123,91 em 2015.
Redes sociais
Monitoramento
Auditores da Receita Federal têm monitorado perfis de brasileiros no Facebook e no Instagram, além de outras redes sociais, incluindo o YouTube, para levantar informações e verificar se as declarações realizadas pelos contribuintes condizem com o que é publicado na internet.
Ostentação
Segundo a Receita Federal, muitas vezes, as pessoas declaram que ganham uma renda baixa, mas ostentam em páginas da internet carros de luxo, viagens, iates, roupas de grife e outros bens, que após identificados pelos auditores são usados para confrontar as informações.
Tecnologia
Programas
O avanço tecnológico tem permitido que a Receita Federal tenha acesso a sistemas cada vez mais eficazes na apuração das informações de contribuintes. Com esses programas é possível cruzar diversos dados que revelam quando o contribuinte está dizendo ou não a verdade.
Declarações
A Receita recebe além da declaração do Imposto de Renda várias informações por meio de declarações como a Dirf, Doi, Dimob, Dimof, Dmed, entre outras que trazem dados como rendimento retido na fonte, operações imobiliárias e financeiras, além de serviços médicos, que ao serem cruzados ajudam a identificar inconsistências.
Emprestar cartão pode levar pessoa à malha fina 
Emprestar o cartão de crédito para amigos e familiares realizarem compras. Essa situação corriqueira pode ser um motivo para levar contribuintes a caírem em malha fina na declaração do Imposto de Renda. O doutor em contabilidade e professor da Fucape Valcemiro Nossa explica que essa possibilidade existe quando são realizadas movimentações financeiras superiores à renda informada pelo cidadão ao Fisco.
"É comum vermos pessoas passando compras de vizinhos, amigos e parentes para receber o valor posteriormente. Mas aí existe o problema de os gastos não serem compatíveis com o que a pessoa ganha, o que pode chamar a atenção da Receita e trazer dificuldades para o contribuinte se justificar e comprovar o "empréstimo" perante ao órgão".
Além desse alerta, o especialista cita que vacilos como erros de digitação, omissão de rendimentos, declaração das despesas médicas sem comprovantes, duplicidade na declaração de dependentes e esconder o recebimento de doações e vendas de bens podem fazer com que o documento entregue à Receita Federal seja identificado com inconsistências e leve a pessoa a ter de se entender com o Leão.
O delegado adjunto da Receita no Espírito Santo, Ivon Pontes Schayder, comenta que atualmente existem cerca de 20 mil contribuintes com as declarações retidas em malha, considerando exercícios anteriores. "Para evitar que isso aconteça, a dica é que as pessoas separem todos os documentos, façam o preenchimento dos dados com calma para evitar erros e busquem só informar aquilo que elas podem comprovar", diz.
Ele observa ainda que quem tiver dúvidas pode procurar ajuda do órgão no site www.receita.fazenda.gov.br, pelo telefone 146, ou na própria Receita, que fica no centro de Vitória, das 7 às 18 horas.
Evitar a malha fina 
Digitação dos valores
É importante ter cuidado na digitação das informações e ser preciso no preenchimento dos dados na declaração, especialmente com os números do informe de rendimentos, que têm as mesmas informações repassadas pelas empresas para o Fisco.
Fontes pagadoras
Quem tem mais de uma fonte pagadora deve informar todos os valores recebidos, como salários, pró-labore e aluguéis.
Omissão
O contribuinte deve lançar todos os rendimentos, inclusive dos dependentes. Quem aluga, por exemplo, algum tipo de imóvel não pode deixar de declarar os valores recebidos.
Comprovação
Só declare despesas que possam ser comprovadas, e verifique se o valor das informações das fontes pagadoras ou recebedoras está de acordo com os valores declarados.
Cartão de crédito
Cuidado ao emprestar o cartão de crédito para realizar compras para amigos e familiares. Muitas vezes, os valores gastos podem ser incompatíveis com a renda do dono do cartão.
Bens
É obrigatório lançar bens, como: contas bancárias, aplicações financeiras maiores que R$ 140; imóveis, carros; ações ou cotas de empresas cujo custo de aquisição seja maior que R$ 1 mil; estoque de ouro.
Novas regras
Fique atento às novas regras. A partir deste ano, é obrigatório declarar o CPF de dependentes a partir de 14 anos. Além disso, advogados, médicos e dentistas têm... ( continua em http://contadores.cnt.br/noticias/tecnicas/2016/03/07/receita-esta-de-olho-ate-nas-redes-sociais.html
 )

Fonte: Gazeta Online

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http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437