Universidade acusa ministra alemã da Educação de plágio
16 de outubro de 2012 • 23h00
Segundo relatório, Annette Schavan teria plagiado trechos de sua tese de doutorado, defendida em 1980. Confidente de Angela Merkel, ministra teve integridade defendida por professor orientador. A ministra da Educação, Annette Schavan, enfrenta um momento crítico de sua carreira política. Após acusações de plágio, a Universidade de Düsseldorf investigou a tese de doutorado apresentada pela atual ministra em 1980. No último fim de semana, foi divulgado um relatório da instituição confirmando as acusações.
O documento de 75 páginas acusa Schavan de fraude e aponta "o quadro característico de um procedimento de plágio" em diversos pontos da tese, informou a revista semanal Der Spiegel no último domingo. A análise à qual a publicação teve acesso, elaborada pelo professor Stefan Rohrbacher, faz referência a passagens sem a devida referência bibliográfica em 60 das 351 páginas do trabalho. A ministra nega as denúncias.
O professor que orientou a tese de Schavan, Gerhard Wehle, qualificou a ex-aluna como "uma pessoa absolutamente íntegra". "O trabalho fazia total jus aos padrões científicos", declarou ele ao jornal Rheinischen Post desta terça-feira.
Segundo Wehle, Schavan escolheu uma abordagem interdisciplinar para o trabalho apresentado em 1980, um "risco" para uma jovem estudante naquele tempo. Para o professor de 88 anos, o trabalho de mais de 30 anos atrás não pode ser avaliado segundo os parâmetros científicos atuais. Wehle disse ainda não ter sido contatado pela universidade a respeito do relatório.
Tese controversa
Aos 57 anos, Schavan é confidente da chanceler federal alemã, Angela Merkel. Após ocupar o cargo de ministra da Cultura do Estado de Baden-Württemberg durante dez anos, ela assumiu o atual posto de ministra da Educação e Pesquisa em 2005. Desde 1998, Schavan é também vice-presidente da União Democrata Cristã (CDU), o partido de Merkel.
Em maio, caçadores de plágio na internet haviam acusado Schavan de não ter fornecido corretamente referências a outros autores para passagens sobre o tema "indivíduo e consciência". A Faculdade de Filosofia da Universidade Heinrich Heine de Düsseldorf conduziu, então, uma investigação a pedido da própria ministra, que resultou no relatório que veio a público no fim de semana.
O ministro da defesa, Thomas de Maizière, também da CDU, criticou o fato de a análise da universidade ter sido divulgada na imprensa antes que Schavan tivesse conhecimento dele. "Confio plenamente em minha colega", declarou ao jornal Ruhr Nachrichten.
Para De Maizière, é preciso agora aguardar o processo probatório da universidade e dar a Schavan a oportunidade de se... ( continua em http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI6232721-EI8266,00-Universidade+acusa+ministra+alema+da+Educacao+de+plagio.html )
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