segunda-feira, 31 de março de 2014

Este jovem italiano criou uma caneta para invisuais


Em http://p3.publico.pt/vicios/hightech/11453/este-jovem-italiano-criou-uma-caneta-para-invisuais

Filippo Fiumani, artista italiano de 26 anos, criou uma caneta para invisuais, mas até lá chegar desenhou em bananas, espalhou-as por Lisboa, e também se inspirou em tatuagens de prisioneiros russos

Texto de Maria João Lopes • 28/03/2014 - 11:20


O jovem artista italiano de 26 anos estava quase a desistir da ideia quando pôs a última caneta que construiu nas mãos de Francisco Vicente, invisual de 49 anos. “Juro que nunca vi uma expressão assim tão forte na cara de uma pessoa. ”Filippo Fiumani desenvolveu vários protótipos de uma caneta que faz desenhos em relevo até chegar ao resultado final que apresentou no âmbito de um mestrado: chama-se Le Mani e é um objecto leve, movido a electricidade, que vai criando relevo no papel à medida que é usado e que pode ter aplicações não só no campo artístico, mas também educativo.

 

A caneta é para toda a gente, mas o sentido final do instrumento foi pensado para que quem não vê possa desenhar e ainda perceber o que os outros desenham, através do relevo criado. Filippo Fiumani teve 20 valores com este projecto que desenvolveu durante seis meses, ao longo do mestrado em Design de Produção no IADE — Creative University, em Portugal.

 

Antes de ter pedido a Francisco Vicente (conhecido por Frank), que perdeu a visão aos 21 anos, para experimentar a última caneta que concebeu, Filippo Fiumani já começava “a achar que estava a tentar dar um fim a uma coisa que realmente se calhar ninguém precisava”. Hoje está tão confiante na utilidade da caneta que até já tem mais ideias para aperfeiçoá-la e tentar convencer financiadores a comercializá-la.

 

Apesar de haver no mercado outras canetas pensadas para serem usadas por invisuais, de uma forma geral, aquela criada por este artista é sobretudo para desenhar ou perceber o que os outros desenham. Tem uma ponta que funciona como uma agulha, que vai furando e criando relevo no verso do papel, e que é movida por um pequeno motor — alguns protótipos funcionam através de pilhas ou baterias, outros, como o último, trabalham directamente ligados a uma tomada eléctrica. Agora a ideia de Fiumani é precisamente retirar essa parte eléctrica, fazendo com que o movimento não dependa deste tipo de energia. O criador quer tornar a caneta não só mais autónoma, mas também ecológica.

 

Filippo Fiumani é natural de Loreto, em Itália, embora tenha vivido sempre em Osimo. Em 2010 chegou a Portugal, para fazer Erasmus em Lisboa, e, embora pelo meio tenha viajado e passado mesmo uma temporada em Florianópolis, Brasil, é por Portugal que tem andado nos últimos quatro anos e é por cá que quer ficar. Já passou também por Peniche, esteve numa empresa em que aprendeu a arranjar e a fazer pranchas de surf – a modalidade é uma das paixões que tem, a par de muitas outras, como o desenho, as tatuagens dos marinheiros e dos prisioneiros russos, a iconografia dos santos… Até 1 de Abril, Filippo Fiumani tem mesmo uma exposição na Fábrica Features, no Chiado, em Lisboa, que se chama "Santos, Marinheiros e Barbudos".

 

Bananas grafitadas

Quando começou a pensar na tese de mestrado que teria de entregar, no trabalho que iria desenvolver, Filippo Fiumani não pensava fazer uma caneta que pudesse ser usada por invisuais. Isso acabou por acontecer, mas não foi programado desde início. Neste caso específico, o que o inspirou mesmo foram as tatuagens dos prisioneiros russos ou o método usado por eles para gravarem imagens no corpo.

 

“Comecei a estudar como é que os presos russos faziam as tatuagens na prisão. Qual era o instrumento? Inicialmente usavam uma agulha e faziam uma tinta com borracha queimada. Queimavam a borracha, a cinza era posta num pano, urinavam para aí e o líquido que caía era o que usavam para molhar a agulha [e se tatuarem] ”, explica. Com o tempo, “começaram a substituir o puro trabalho manual” por uma agulha já com motor, que conseguiam aplicar, retirando, por exemplo, a bateria de algum walkman disponível nas prisões para os reclusos ouvirem música.

 

Fiumani não criou logo a caneta final, a que considera mais conseguida do ponto de vista da leveza e do manuseamento. Criou vários protótipos até lá, experimentou diferentes superfícies, como tecido, madeira, fruta. Uma manhã, quando acordou e foi buscar, como sempre faz, uma banana para comer, olhou para ela e começou a experimentar a caneta, a fazer desenhos na superfície amarela.

 

A partir daí, decidiu levar as experiências mais longe e começou a pendurar bananas desenhadas em vários sítios de Lisboa e a trocar as que estavam no supermercado pelas da sua autoria. “O engraçado é que [no supermercado] levavam sempre as pintadas. Uma vez entrei, deixei lá umas dez e depois fui dar uma volta, comprar um pouco de massa... Estava lá um menino que se virou para outro e disse ‘olha, olha, João, chegaram as bananas grafitadas da Colômbia!”, conta. Havia quem tirasse fotografias e quem... ( CONTINUA EM http://p3.publico.pt/vicios/hightech/11453/este-jovem-italiano-criou-uma-caneta-para-invisuais )





sexta-feira, 28 de março de 2014

Congresso rejeita criação de bolsa para mestrado profissional

Em http://noticias.r7.com/educacao/noticias/congresso-rejeita-criacao-de-bolsa-para-mestrado-profissional-20140328.html

Icone de Educação Educação

publicado em 28/03/2014 às 00h10:

Programa prevê bolsas mensais por um período de dois anos

Da Agência Câmara

A Comissão de Educação rejeitou o Projeto de Lei 5105/13, do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que institui o Programa Nacional de Bolsa de Estudo para Mestrado Profissional – Pós-Graduação Stricto Sensu.

Regulamentado pela Portaria Normativa do Ministério da Educação (MEC) 07/09, o mestrado profissional diferencia-se do acadêmico por enfatizar estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho profissional.

Pela proposta, o programa será financiado com recursos dos royalties do petróleo e da participação especial, previstos na Lei do Petróleo (Lei 9.478/97), e executado e administrado pelo MEC em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

O programa prevê bolsas mensais por um período de dois anos aos alunos de mestrado profissional reconhecido ou habilitado pelo MEC, cabendo ao ministério divulgar anualmente os valores das bolsas.
Relator na comissão, o deputado Izalci (PSDB-DF) reconheceu a importância do mestrado profissional como nova vertente de pós-graduação do País e destacou que já existem em andamento 338 programas desse tipo.

Entretanto, ao propor a rejeição do texto, Izalci afirmou que a regulamentação da concessão de bolsas de pós-graduação por meio de lei contraria o modelo exitoso que vem sendo amplamente utilizado no País.

— Esse modelo vai de encontro à organização e ao funcionamento do conjunto dos programas de fomento à formação de pessoal de alto nível no País, operados, no âmbito federal, basicamente pela CAPES e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), explicou.

Segundo Izalci, são essas agências que normatizam e atualizam os programas voltados para a pós-graduação e a pesquisa.

— Nenhum desses programas é regulamentado por lei e essa é uma característica que assegura a flexibilidade necessária para sua implementação e atualização e tem sido um dos pilares do sucesso das políticas relativas a esse nível de formação, completou.

O relator lembrou ainda que, ao identificar as fontes de recursos para manutenção do programa, o projeto refere-se a dispositivos legais que não mais estão vigentes, como a Medida Provisória 592/12, cuja vigência foi encerrada 2013.

Tramitação

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de... ( CONTINUA EM http://noticias.r7.com/educacao/noticias/congresso-rejeita-criacao-de-bolsa-para-mestrado-profissional-20140328.html )




Educação rejeita criação de bolsa para mestrado profissional

Em http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--270-20140327

27/03/2014 -- 14h27
Agência Câmara de Notícias

A Comissão de Educação rejeitou na quarta-feira (26) o Projeto de Lei 5105/13, do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que institui o Programa Nacional de Bolsa de Estudo para Mestrado Profissional – Pós-Graduação Stricto Sensu.

Regulamentado pela Portaria Normativa do Ministério da Educação (MEC) 07/09, o mestrado profissional diferencia-se do acadêmico por enfatizar estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho profissional.

Pela proposta, o programa será financiado com recursos dos royalties do petróleo e da participação especial, previstos na Lei do Petróleo (Lei 9.478/97), e executado e administrado pelo MEC em conjunto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

O programa prevê bolsas mensais por um período de dois anos aos alunos de mestrado profissional reconhecido ou habilitado pelo MEC, cabendo ao ministério divulgar anualmente os valores das bolsas.
Relator na comissão, o deputado Izalci (PSDB-DF) reconheceu a importância do mestrado profissional como nova vertente de pós-graduação do País e destacou que já existem em andamento 338 programas desse tipo.

Entretanto, ao propor a rejeição do texto, Izalci afirmou que a regulamentação da concessão de bolsas de pós-graduação por meio de lei contraria o modelo exitoso que vem sendo amplamente utilizado no País.
"Esse modelo vai de encontro à organização e ao funcionamento do conjunto dos programas de fomento à formação de pessoal de alto nível no País, operados, no âmbito federal, basicamente pela CAPES e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)", explicou.

Segundo Izalci, são essas agências que normatizam e atualizam os programas voltados para a pós-graduação e a pesquisa. "Nenhum desses programas é regulamentado por lei e essa é uma característica que assegura a flexibilidade necessária para sua implementação e atualização e tem sido um dos pilares do sucesso das políticas relativas a esse nível de formação", completou.

O relator lembrou ainda que, ao identificar as fontes de recursos para manutenção do programa, o projeto refere-se a dispositivos legais que não mais estão vigentes, como a Medida Provisória 592/12, cuja vigência foi encerrada 2013.

Tramitação

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de... ( CONTINUA EM http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--270-20140327 )



Islandeses desenvolvem moeda virtual exclusiva para o país

Em http://info.abril.com.br/noticias/mercado/2014/03/islandeses-desenvolvem-moeda-virtual-exclusiva-para-o-pais.shtml

25/03/2014 15h16 - Atualizado em 25/03/2014 15h17




No primeiro minuto do dia de hoje, cada habitante da Islândia ficou 380 dólares mais rico. Pelo menos, virtualmente. Os desenvolvedores da Auroracoin, uma moeda desenvolvida exclusivamente para islandeses, disponibilizaram virtualmente um valor equivalente a 125 milhões de dólares, que podem ser resgatados pelos mais de 300 mil cidadãos da ilha do Atlântico Norte.

Essa quantia corresponde a 31,8 milhões de Auroracoins, que garantem 380 dólares para cada habitante, de acordo com a cotação estabelecida antes que a distribuição fosse iniciada.

Os islandeses podem resgatar o valor entrando com a conta do Facebook em um portal onde precisam apenas cadastrar o número de identidade. Até agora, apenas 1% dos Auroracoin foram resgatados, de acordo com a própria desenvolvedora. Porém, o portal está fora do ar, devido ao grande número de acessos.

O Auroracoin foi desenvolvido por Baldur Friggjar Óðinsson, de identidade desconhecida, nos moldes de Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, a moeda virtual mais famosa do mundo. O objetivo do Auroracoin é “descentralizar o poder” e aquecer a economia da Islândia, que foi duramente atingida pela crise econômica de 2008 e ainda sofre com a desvalorização de sua moeda nacional, o kroner.

A ideia de utilizar moedas virtuais para reaquecer economias frágeis é um movimento que ganhou força no mundo nos últimos anos. Na Escócia, um investidor local ofereceu mil Scotcoins para cada cidadão do país. Um Greececoin também foi lançado na... ( CONTINUA EM http://info.abril.com.br/noticias/mercado/2014/03/islandeses-desenvolvem-moeda-virtual-exclusiva-para-o-pais.shtml )



Quer aumentar o alcance da mensagem no Facebook? Pague e apareça

Em http://idgnow.com.br/blog/circuito/2014/03/22/quer-aumentar-o-alcance-da-mensagem-no-facebook-pague-e-apareca/

Publicada em 22/03/2014 16:11

O descontentamento das marcas com a queda do alcance orgânico no Facebook está aumentando. O assunto é tão polêmico que motivou o IAB Brasil a inserir na última edição do  evento Social Media Insights um painel específico para discutir se há ou não um  ponto de equilíbrio entre mídia paga e mídia orgânica. Renato Domingues, gerente de negócios do Facebook, tentou, em vão, explicar o inexplicável.

Na opinião dele, bem como de Cadu Aun, diretor comercial do Twitter no Brasil, as redes sociais estimulam o alcance orgânico através da criatividade e do bom conteúdo. Parece óbvio e é.

Camila Porto de Camargo, colunista do iMasters, costuma dizer que o grande erro de muitas marcas é achar que pelo fato de Facebook e Twitter serem gratuitos, elas podem usar esses canais gratuitamente para vender seus produtos.

A mídia orgânica é importante? Muito. Especialmente para saber o que estão falando sobre ela, suas marcas, sobre  mercado, sobre os concorrentes, seu atendimento… Mas só ela não é suficiente.

Quer ter um alcance bom e acima da média? Trate seus posts como anúncios publicitários. Faça posts relevantes, pague a colocação com base na segmentação da audiência e envolva bons influenciadores que irão compartilhar seu conteúdo – no Facebook isso inclui a troca de referências entre as marcas, através de hashtags, por exemplo.

Trocando em miúdos, combine os Facebook Ads e os tweets patrocinados com uma estratégia criativa, sólida e pensada, de forma a impulsionar o crescimento orgânico.

OK. Acontece, que as últimas mudanças promovidas pelo Facebook, impactaram diretamente o uso da rede social por parte das marcas e deixaram isso muito claro. Especialmente a mudança do algoritmo, em dezembro de 2013.

“O Facebook está se tornando claramente uma plataforma de mídia”, afirma Rodrigo Nincao, da Loducca.

Semanas atrás o Ad Age teve acesso a materiais enviados recentemente para parceiros e anunciantes norte-americanos em que a rede social afirma: “Nós esperamos que a distribuição orgânica de uma página individual vá cair gradativamente com o tempo a medida que trabalhamos continuamente para ter a certeza de que os usuários tenham uma experiência significativa”.

No documento intitulado “Generating business results on Facebook” os anunciantes são aconselhados a considerarem a distribuição paga para maximizar a entrega da sua mensagem no feed de notícias.

Mais recentemente, a Social@Ogilvy também publicou os resultados de um estudo mostrando que o alcance médio dos posts orgânicos caiu de 12,05%, em outubro, para 6,15%, em fevereiro. Em 23 páginas analisadas com mais de 500 mil likes a queda foi de 4,04% para 2,11%. Em quatro meses, a queda foi de mais ou menos 50%.

VER IMAGEM DE GRÁFICO NO SITE ORIGINAL DA PUBLICAÇÃO

No entanto, perguntado por que o Facebook mudou as regras do jogo, Renato Domingues negou mudanças e insistiu na tese de que, na verdade o feed de notícias está é mais competitivo. “O número de usuários cresceu, o volume de postagens também, é evidente que o newsfeed está mais concorrido, já que o nosso algoritmo pré-seleciona apenas os 1500 posts que podem ser mais relevantes para o usuário”, argumentou.

De acordo com o executivo, o equilíbrio entre mídia orgânica e mídia paga na rede social depende do entendimento de como o seu target será impactado pelo alcance orgânico para complementar o alcance e a frequência desejados através da mídia paga.

Quer exemplos? Também na semana passada, em um encontro com profissionais de imprensa, Eduardo Villalba, líder de soluções do Facebook para clientes Latam, disse algo bem parecido. Primeiro posicionou a rede social como uma ferramenta de comunicação e uma plataforma de descobertas de informações, recebidas de forma dinâmica ou automática e também através do feedback das marcas e dos amigos. E tudo isso acontece majoritariamente no feed de notícias, montado por um algoritmo que se baseia nas escolhas de cada usuário, seu comportamento, etc.

“Antes de fazer a veiculação de um anúncio, o mais importante é entender qual o objetivo de negócio do anunciante e quais são os resultados que ele realmente quer obter. Por quê? Porque o Facebook é uma plataforma que trabalha com segmentação e formatos. Na parte de segmentação o cliente tem desde os dados demográficos até os interesses dos usuários”, afirma Villalba.

Em alguns momentos, o público mais valioso que você pode alcançar é aquele com o qual você já possuí algum vínculo.

Dentro do feed de notícia, o anunciante tem apenas um impacto por dia. O que muda é o direcionamento de peças, o dimensionamento, a segmentação por dispositivo (desktop, modelo de smartphone, etc…).

O formato de anúncio utilizado vai depender muito do objetivo do anunciante. “Se o objetivo for aumentar vendas e converter muito, o anúncio de link pode ser mais apropriado porque não tem dispersão. Funciona muito bem para e-commerce”, explica Villalba. “Se eu quero gerar cadastros no meu site, paste post link. Se eu tenho que lançar um produto, posso pensar em um evento e usar as ferramentas de evento do Facebook”, diz ele.

O Hotel Urbano, por exemplo, optou por anúncio de link no feed de notícias para venda de pacotes de viagem. Também utilizou a ferramenta de Públicos Personalizados. A partir da base de e-mails de seus clientes foi possível direcionar as campanhas para um grupo específico. Para ampliar seu alcance, a companhia recorreu ainda à ferramenta Públicos Semelhantes, que encontra pessoas com interesses similares aos de quem está nessa mesma base. O resultado dessa combinação de produtos e ferramentas foi uma diminuição de 30% no custo por aquisição (CPA), 20% de taxa de conversão e um retorno sobre investimento (ROI) de seis vezes.

Fanpages
O documento de 3 páginas ao qual o Ad Age teve acesso também contém uma sessão que reposiciona como anunciantes devem pensar sobre a aquisição de mais fans na rede social. Em linhas gerais, fica subentendido que o principal jeito de adquirir novas curtidas não é construir um canal de distribuição de conteúdo grátis, mas sim melhorar os seus anúncios.

Mas atenção: isso não quer dizer que você deva comprar likes (curtidas) no Facebook. Pesquisa recente da Millward Brown, que identificou as 10 melhores fanpages do Brasil, concluiu que o tamanho da fan page e o seu FanIndex não têm relação direta. Tamanho da fanpage não é documento. Não garante um bom engajamento. “Para ser uma fanpage de sucesso é preciso ter objetivo claro e plano consistente”, afirma Silvia Quintanilha, Client Service VP da Millward Brown, reforçando a mensagem de que nas mídias sociais é preciso muita estratégia para alcançar resultado. “E uma boa estratégia no Facebook vai além de colecionar likes”, diz ela.

Resumo da ópera... ( CONTINUA EM http://idgnow.com.br/blog/circuito/2014/03/22/quer-aumentar-o-alcance-da-mensagem-no-facebook-pague-e-apareca/ )








Entre paredes de concreto

Em http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/12/18/entre-paredes-de-concreto/

Mapas históricos exibem as transformações na forma e na função de rios encobertos por avenidas

CARLOS FIORAVANTI | Edição 214 - Dezembro de 2013

© GUILHERME GAENSLY / IMS

A futura metrópole Este era o Tietê e o clube de regatas na São Paulo de 1915. No mapa,  o rio e a cidade em 1930

Este era o Tietê e o clube de regatas na São Paulo de 1915.

Mais uma vez, nesta época do ano, quando as chuvas estão mais fortes e frequentes, os rios e córregos da cidade de São Paulo voltam a ser vistos e lembrados, ao empurrarem para as ruas o excesso de água que não conseguem mais transportar. Os rios apenas respondem ao modo pelo qual foram moldados ao longo de décadas – "do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento, mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem", diria o dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Os rios que cruzam a maior cidade do país estão geralmente comprimidos e escondidos em túneis de concreto sob as avenidas, alguns ganharam outros percursos – foram retificados, diriam os engenheiros – e não podem ser lembrados como alternativa para um passeio de fim de semana.

A transformação dos rios paulistas foi intensa e rápida. No início do século XX, os paulistanos se divertiam aos domingos nadando, pescando ou passeando de barco no rio Tietê – nas margens havia clubes, restaurantes e espaços para piquenique. A alegria acabou à medida que aumentava a descarga de resíduos das casas e das empresas no rio que na década de 1950 já era, como hoje, um esgoto a céu aberto, expondo o descaso com a natureza e o desapego à estética na cidade mais rica do país. Desde 1995, a despoluição do Tietê, o principal rio que cruza a metrópole, consumiu o equivalente a US$ 1,6 bilhão e reduziu o alcance da poluição, que chegava até Barra Bonita, a 260 quilômetros da capital, e hoje chega apenas até Salto, a 100 km, mas não terminou. Em abril de 2013, o governador de São Paulo anunciou a terceira etapa do programa de despoluição do rio Tietê, que prevê investimentos de US$ 2 bilhões – se tudo der certo, a coleta de esgotos passará dos atuais 84% para 87% e o tratamento de 70% para 84% em 2016. Outros R$ 439 milhões foram usados na despoluição de 137 dos 300 córregos da região metropolitana de 2007 a 2013. Estima-se que 
7 quilogramas (kg) de resíduos sejam lançados a cada segundo nos rios e córregos da Grande São Paulo, ainda vistos como área de descarte não só de esgoto residencial e industrial, mas também de entulho, garrafas plásticas, sofás e pneus e carros velhos.

"São Paulo afogou os rios", sintetiza o engenheiro e advogado Rodolfo Costa e Silva, coordenador dos programas de despoluição do rio Tietê e de requalificação das marginais dos rios Tietê e Pinheiros. "Queremos despoluir e manter os rios limpos", ele diz. "É uma despoluição hídrica e urbanística." Os programas que ele cooordena contam com a participação dos municípios da Grande São Paulo, empresas e organizações não governamentais e preveem a construção de ciclovias, calcadões e parques ao longo dos 50 quilômetros de marginais e a navegação dos rios, até mesmo unindo, por barco, os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos.

VIDEO: https://www.youtube.com/watch?v=l9GF0qpOhOY

A cidade de São Paulo, com seus rios maltratados, "é um exemplo do que pode acontecer quando o poder de decisão está concentrado em poucos grupos de poder", diz o historiador Luis Ferla, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Curitibano radicado em São Paulo desde 1992, Ferla foi um dos curadores da exposição O tempo e as águas: formas de representar os rios de São Paulo, em cartaz até março no Arquivo Público do Estado de São Paulo, com 17 mapas, fotografias e cadernetas com registros do trabalho de campo de engenheiros e cartógrafos. Logo na entrada da exposição, um mapa de 5 metros de largura por quase 2 de altura compara o curso original – e sinuoso – dos rios Tietê e Pinheiros cruzando a Grande São Paulo em 1916, com o curso retificado, em 2013. A sobreposição dos trajetos sintetiza as ideias e interesses que resultaram em uma cidade de rios retos, encobertos, malcheirosos, cruzados por pontes com passagens de pedestres geralmente estreitas.

As pestes e a Light
No final do século XIX, o medo da morte foi o principal argumento para mudar os cursos dos rios da vila de São Paulo, inalterados por séculos. Pensava-se que a água estagnada nas várzeas, que já recebiam esgotos residenciais e acumulavam despejos de animais de criação, formando as chamadas ilhas de lodo, poderia favorecer a propagação de epidemias como as de febre amarela e febre tifoide, que acossavam os moradores das principais cidades paulistas. Portanto, foi para fazer os rios correrem com maior velocidade e evitarem doenças que os engenheiros à frente da Comissão de Saneamento das Várzeas e, logo depois, da Comissão de Saneamento do Estado ordenaram a retificação dos trajetos e a abertura de canais no Tamanduateí e no Tietê. Em um artigo publicado em 2012, o historiador Janes Jorge, professor da Unifesp que participou do planejamento da exposição, observou que as epidemias começaram a rarear, em razão principalmente da descoberta de seus reais agentes causadores, mas o mau cheiro persistiu: em 1927 o rio Tietê recebia cerca de 30 toneladas de esgoto por dia. Outras cidades, como Chicago, Washington, Londres e Moscou, viveram problemas similares à medida que cresciam, até construírem as estações de tratamento de esgotos.

A cidade de São Paulo se expandia rapidamente, acompanhando o aumento da produção das fazendas de café no interior do estado: o total de moradores passou de 15 mil em 1850 para 30 mil em 1870, 240 mil em 1900, 580 mil em 1920 – quando São Paulo já havia se consolidado como um polo comercial e industrial –, 1,3 milhão em 1940 e 6 milhões em 1960. O crescimento urbano acelerado favoreceu a ocupação das várzeas, áreas naturalmente alagáveis, visadas para a construção de casas e fábricas, e o avanço sobre os braços dos rios: o córrego Saracura, afluente do Anhangabaú, foi o primeiro a ser coberto e desaparecer, em 1906. Cada vez mais cercados, os rios transbordaram para além de seus limites naturais e as enchentes se tornaram mais intensas, frequentes e danosas, justificando ações mais radicais de retificação dos rios. No início, por meio de propostas como a do engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, de 1926, planejava-se o alinhamento dos principais rios de modo a conciliar seus diferentes usos – transporte, lazer, pesca, abastecimento de água, controle de enchentes e produção de energia elétrica –, mas as coisas não saíram desse modo.

© ACERVO ELETROPAULO

Avenida Leopoldina, às margens do rio Pinheiros, em São Paulo, durante a enchente de fevereiro de 1929

Avenida Leopoldina, às margens do rio Pinheiros, em São Paulo, durante a enchente de fevereiro de 1929

"Os projetos de retificação dos rios paulistanos foram empobrecendo e os interesses dos moradores ficaram de lado, por uma série de circunstâncias econômicas e políticas", diz Jorge. "As mudanças favoreceram quase exclusivamente a produção de energia elétrica, as vias expressas para automóveis e apropriação privada dos terrenos da várzea." Os planos iniciais se diluíram por causa, em boa parte, da influência da empresa canadense The São Paulo Trainway, Light and Power Company, conhecida como Light, que detinha o monopólio da produção e distribuição de energia elétrica na região de São Paulo. Para garantir mais água para a hidrelétrica de Cubatão, a Light tinha invertido o curso do Pinheiros e recebido o direito de ocupar as várzeas.

Um decreto de dezembro de 1928 determinava que "a linha máxima" da enchente de 1929 delimitaria a área que caberia à Light. Vários pesquisadores acreditam que a Light abriu as comportas da represa de Guarapiranga para ampliar a área alagada e receber mais terras, ainda que agravando os danos de uma das piores enchentes da cidade. "Daí para a frente, um fiscal de terras passou a proibir as pessoas de usarem a várzea, fosse para jogar bola ou levar cabras para beber água", disse a geógrafa Odete Seabra em uma entrevista ao Estado de S. Paulo em 2009. Em sua tese de doutorado, apresentada na Universidade de São Paulo em 1987 e hoje um estudo clássico sobre a ocupação das várzeas dos rios Tietê e Pinheiros, Odete mostrou, por meio de depoimentos, documentos e notícias de jornais, como a Light agravou a inundação, soltando a água de suas represas. Segundo ela, a Light assumiu o monopólio de fato e, abrindo e fechando as comportas da represa de Guarapiranga, afugentou os barqueiros que exploravam areia e pedregulho do Pinheiros. Depois, procurou-se resolver os litígios com os proprietários de terras próximas aos rios por meio da construção das avenidas marginais, que consolidaram a ocupação das várzeas dos rios. Para reduzir as enchentes, que continuaram, a saída encontrada foi aumentar a calha do Tietê. De 2002 a 2006, o rio foi rebaixado em média 2,5 metros, com a retirada de 9 milhões de metros cúbicos de terra e lixo, a um custo de R$ 1,1 bilhão, reduzindo bastante a probabilidade de transbordamentos.

© ARQUIVO PÚBICO DO ESTADO DE SP

O trajeto original e retificado do rio Tamanduateí

O trajeto original e retificado do rio Tamanduateí

Cachoeiras encobertas
"Começamos a nos afastar dos rios quando os rios deixaram de ter a função de comunicação e de transporte", diz a historiadora Iris Kantor, da USP. "Até o final do século XVIII havia uma cultura de valorização dos rios como forma de transporte de mercadorias e pessoas para o interior." Uma prova desse uso estratégico dos rios, segundo ela, é a Carta geographica de projeção espherica da Nova Lusitania ou América Portuguesa e Estado do Brasil, preparada pelo astrônomo mineiro Antonio Pires da Silva Pontes Leme a partir de 80 mapas e concluída em 1798, por encomenda do governo português, interessado em consolidar as fronteiras de sua colônia na América. "Meus colegas geógrafos dizem que, comparativamente, esse mapa traz informações mais detalhadas sobre os cursos dos rios, muitos deles ainda hoje pouco visíveis nas imagens de satélite." Os rios ainda são relevantes para o transporte de pessoas e de mercadores apenas na região Norte do país, em vista da dificuldade em construir e manter estradas em meio à floresta.

Ao selecionar o material do período colonial para a exposição do Arquivo Público, a equipe encontrou um mapa impressionante, intitulado Planta do rio Tietê ou Anemby na capitania de São Paulo desde a cidade do mesmo nome até à sua confluência com o rio Grande ou Paraná. Iris desconfiou da autenticidade da autoria – o nome de José Custódio de Sá e Faria estava escrito a lápis no verso do mapa –, consultou a obra da historiadora Isa Adonias e a base digital da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, e concluiu que o mapa deveria ser uma edição anônima de uma antiga carta hidrográfica do Tietê feita em 1789 pelo cartógrafo paulista  Francisco José de Lacerda e Almeida, que fez medições ao longo do curso do rio Tietê e de seus afluentes em 1788 e 1789, a pedido do então governador de Mato Grosso. A versão encontrada é um pouco posterior a 1810, pertenceu ao acervo do extinto Instituto Geográfico Geológico de São Paulo e contém muitas informações de natureza histórica e etnográfica que não constavam no mapa original de 1789.  O mapa detalha as cachoeiras, portos e fazendas que os viajantes deveriam passar rumo ao rio Paraná. "É um verdadeiro roteiro prático de navegação, no qual se indicam os lugares e pontos do percurso fluvial e terrestre por onde as canoas e as cargas deveriam ser transportadas ou empurradas por cordas e pelos braços dos pilotos e tripulantes", observa Iris.

© ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SP

As duas faces  do Noroeste: Em 1868, a mesma região era vista como

As duas faces do Noroeste: Em 1868, a mesma região era vista como "terrenos ocupados pelos indígenas feroses" no Atlas do Império do Brasil…

O mapa registra o salto de Itapura, quase na foz do Tietê, uma das cerca de 150 cachoeiras do Tietê encobertas pelos reservatórios das usinas hidrelétricas que transformaram também outros rios de São Paulo e de outros estados, gerando energia, mas também causando assoreamento e reduzindo a diversidade de peixes e outros organismos aquáticos. "As cidades do interior não precisam fazer as mesmas besteiras que fizemos em São Paulo", alerta Jorge. No entanto, o que se vê, por enquanto, são as cidades do interior que tentam ser modernas canalizando, cobrindo ou aterrando rios que, quando expostos, exibem uma carga crescente de poluição.

Em 2002, somente 17% do esgoto doméstico gerado nos 645 municípios do estado de São Paulo era tratado antes de ser jogado nos rios, reduzindo a qualidade da água e a diversidade biológica, de acordo com um estudo coordenado por Luiz Antonio Martinelli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP de Piracicaba. Em 2006, Juliano Groppo e Jorge de Moraes, do mesmo grupo, verificaram que a degradação da qualidade da água da bacia do rio Piracicaba, uma das mais prejudicadas no estudo anterior, persistia. "As agências responsáveis pela qualidade da água dizem que o tratamento de esgotos aumentou, mas não vimos melhoria palpável nos rios da região", diz Martinelli. "Não sei onde está o problema. Temos hoje um bom conjunto de leis, mas algo não está funcionando. Temos de ver onde falhamos." Em 2013, com base em amostras colhidas em 360 pontos do estado, Davi Cunha e outros pesquisadores da USP de São Carlos e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) verificaram que a qualidade da água continuava aquém dos limites impostos pela legislação.

Rios vivos outra vez?
"Temos de entender os momentos históricos", sugere o arquiteto Fernando de Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, que em 2005 concluiu seu doutorado sobre a ocupação das várzeas e planícies fluviais da bacia de São Paulo, na Faculdade de Arquitetura da USP. São Paulo, ele acentua, não é mais uma cidade de passagem para comerciantes, migrantes e imigrantes. "Estamos em um momento de inflexão, com novos conceitos, como o de urbanismo da paisagem, em que a transformação do território não é realizado prioritariamente para amparar a produção, mas para amparar a vida. A paisagem não é dada, não desfrutamos a paisagem como um viajante do século XVI, somos nós que a construímos."

© ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SP

... e como

… e como "terrenos despovoados" no mapa da Sociedade Promotora de Imigração de São Paulo

Agora se procura resgatar um pouco da paisagem perdida. Prevista no programa de requalificação das marginais, a construção de uma ciclovia sobre o rio Pinheiros, unindo a Cidade Universitária ao parque Villa Lobos, deve começar em 2014. E até o final de 2014, segundo Costa e Silva, deve terminar a primeira etapa de despoluição do Tietê, que consiste na limpeza e arrumação dos afluentes e córregos de oito municípios próximos à nascente – Arujá, Mauá, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba-Mirim e Salesópolis – que abrigam cerca de 1 milhão de pessoas. "Despoluir não é só tirar o esgoto dos rios", ele diz. Trata-se de uma operação complexa, que implica também a recuperação da vazão dos rios, redução do assoreamento, controle da drenagem e incentivo à arborização como forma de aumentar a permeabilidade das áreas urbanas. Em novembro de 2013 estudava-se a substituição das bocas de lobo, que deixam passar o lixo que segue para os rios, por grades, que retêm boa parte dos resíduos. "Estamos servindo às cidades", diz ele. "Não adianta inventar o que as cidades e seus moradores não querem."

À medida que os resultados se tornarem visíveis, Costa e Silva pretende promover... ( CONTINUA EM http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/12/18/entre-paredes-de-concreto/ )



Projeto
Implementação da tecnologia de sistemas de informações geográficos (SIG) em investigações históricas (13/05444-4). Modalidade Auxílio Regular a Projeto de Pesquisa; Coordenador Luis Antonio Coelho Ferla – Unifesp; Investimento R$  51.907,60.

Artigos científicos
JORGE, Janes. Rios e saúde na cidade de São Paulo, 1890-1940. História e Perspectivas. v. 25, n. 47, p. 103-24. 2012.
JORGE, Janes. São Paulo das enchentes, 1890-1940. Histórica. n. 47, p. 103-24. 2012.
KANTOR, Iris. Mapas em trânsito: projeções cartográficas e processo de emancipação política do Brasil (1779-1822). Araucaria. v. 12, n. 24, p. 110-23. 2010.
CUNHA, D.G.F. et al. Resolução Conama 357/2005: análise espacial e temporal de não conformidades em rios e reservatórios do estado de São Paulo de acordo com seus enquadramentos (2005–2009). Engenharia Sanitária e Ambiental. v. 18, n. 2, p. 159-68. 2013.
MARTINELLI, L.A. et al. Levantamento das cargas orgânicas lançadas nos rios do estado de São Paulo. Biota Neotropica. v. 2, n.2, p. 1-18. 2002.










Migrações gravadas nos genes

Em http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/03/10/migracoes-gravadas-nos-genes/

Edição 217 - Março de 2014

© DANIEL BUENO

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Eventos históricos como comércio, invasões, migrações e escravatura são fontes de miscigenação entre os povos e deixam cicatrizes genéticas. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores do Reino Unido e da Alemanha conseguiu desenvolver um método estatístico que se utiliza das informações contidas nos fragmentos de DNA típicos de cada população. Esses fragmentos se tornam cada vez menores com o passar das gerações, por causa da recombinação entre os materiais genéticos de origem paterna e materna, o que permite acrescentar uma estimativa de tempo à genealogia traçada com base nesses trechos. A técnica permitiu a construção de um atlas da história da miscigenação humana, disponível no site. Por volta de uma centena de eventos ocorridos nos últimos 4 mil anos encontra explicação nos registros históricos, enquanto muitos outros ainda precisam ser investigados. Um exemplo é a entrada de DNA africano em populações do sul do Mediterrâneo e do Oriente Médio entre os anos 650 e 1900, o que pode coincidir com o tráfico de escravos iniciado no século VII. Estão no mapa as tribos Suruí e Karitiana, de Rondônia, nas quais não foram detectados indícios fortes de miscigenação. O trabalho, publicado na revista Science em 14 de fevereiro, fornece uma nova... ( continua em http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/03/10/migracoes-gravadas-nos-genes/ )






quarta-feira, 19 de março de 2014

Cifrões virtuais

Em http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/141064_CIFROES+VIRTUAIS

Nº edição: 855 | Finanças | 07.MAR.14 - 20:30 | Atualizado em 19.03 - 06:04

Cifrões virtuais

Está aberto o caminho para a criação de empresas de pagamentos que não usam dinheiro, cheques e nem mesmo cartões. Alguém se candidata?

Por Cláudio GRADILONE

Perceber o potencial enorme dos pagamentos eletrônicos no Brasil é fácil. Requer apenas disposição para caminhar e quantidades razoáveis de suor. Realizada no fim de fevereiro, em pleno verão, a Feira do Empreendedor reuniu 82 mil candidatos a empresários em um pavilhão na zona norte da capital paulista. O evento, promovido pelo Sebrae de São Paulo, foi criado para facilitar a vida das empresas em sua busca por sócios, franqueados e clientes. Ao lado dos tradicionais vendedores de carrinhos de alimentação ou máquinas para personalizar chinelos, dois terços dos expositores ofereciam serviços digitais.

Metade desse grupo estava lá para divulgar algum sistema destinado a aposentar o dinheiro, os cheques e até os cartões de crédito e débito. Em sua maioria, eles vendiam sistemas de pagamentos associados a débitos bancários e à transferências via celular. O fim do dinheiro como o conhecemos está mais próximo do que nunca. A causa para todo esse interesse é uma nova regulamentação do Banco Central (BC), divulgada em novembro do ano passado, que definiu os limites de atuação dessas empresas. Com isso, companhias de todos os portes e origens observam um súbito florescer em seus negócios. 
 
“Vamos testemunhar uma mudança profunda na maneira como as pessoas pagam suas compras, e isso vai afetar o modo de as empresas fazerem negócios”, diz Marcelo Coelho, diretor-geral da Mercado Pago Brasil. Esses empreendimentos não guardam nenhuma semelhança com invenções desregulamentadas e arriscadas como os bitcoins. A nova estrutura jurídica, definida pelo BC após vários anos de discussão interna, elimina algumas áreas cinzentas nesses negócios. Uma delas era a possibilidade de que o dinheiro dos clientes se misturasse com o do empresário que intermedia as transferências. 
 
Quem está no mercado celebrou as mudanças, apesar de elas representarem um adicional de trabalho e de gastos com tecnologia e burocracia. Mais seguro, o sistema atrai novos participantes. “As mudanças garantem que o dinheiro dos compradores estará preservado se alguma empresa vier a ter problemas de caixa”, diz Coelho. A expansão já começou e deverá ganhar tração ao longo dos próximos meses. Facilitador de pagamentos controlado pela empresa argentina de tecnologia para comércio eletrônico Mercado Livre, o Mercado Pago comemora os números de 2013. 
 
No ano passado, em toda a América Latina (a empresa não divulga resultados específicos para o Brasil), 99,5 milhões de usuários negociaram US$ 2,5 bilhões, em transações médias de US$ 79. “Esse é, cada vez mais, um serviço de massa”, diz Coelho. Apenas no quarto trimestre as transações para a região atingiram US$ 746 milhões, um crescimento de 42,1% em relação ao mesmo período de 2012. O próximo passo, que deverá estar em vigor ainda no primeiro semestre, é a mudança da estrutura jurídica da empresa. Ela vai transformar-se em uma instituição de pagamentos, seguindo as novas regras do BC.

“Com isso, vamos ampliar nossas atividades”, diz o executivo. Coelho não é o único a celebrar os novos tempos. Mário Mello, principal executivo da PayPal no Brasil, comemora um crescimento de 20% nas transações em 2013. Também sem abrir os números para o País, ele informa que o total transacionado por aqui supera a casa do bilhão de reais, cifra movimentada por 7,8 milhões de compradores. No ano passado, a PayPal intermediou US$ 180 bilhões em negócios, avanço de 24% ante 2012, gerando um faturamento de US$ 6,6 bilhões. Mais relevante: as transações intermediadas por aparelhos móveis quase dobraram, para US$ 27 bilhões. 
 
“Hoje, a participação do comércio eletrônico nas vendas realizadas no Brasil é de apenas 3,5%, ao passo que nos Estados Unidos esse percentual é de 10%”, diz Mello. “Como o tempo das pessoas é cada vez mais escasso, há uma tendência natural de migração das compras presenciais para as virtuais.” O efeito positivo da nova regulamentação pôde ser sentido por companhias de todos os portes. O publicitário paulista Marcelo Sales sempre se interessou por tecnologia. Em parceria com o irmão engenheiro, ele montou uma empresa, chamada EasyPay. A ideia é aposentar os cartões de crédito e débito e as caras maquininhas usadas pelos comerciantes. 
 
Comprador e vendedor podem se acertar por meio da troca de imagens. O smartphone do vendedor gera um código QR, que é fotografado pelo smartphone do comprador, digita-se uma senha e o negócio está fechado. Sales atua em parceria com a processadora de transações Cielo, e seu foco está nos pequenos empresários, para quem pagar a mensalidade de uma maquininhanão compensa. “Começamos em janeiro e já temos 400 clientes”, diz ele. Seu porte não se compara ao de gigantes como... ( continua em http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/141064_CIFROES+VIRTUAIS )

Tudo em um cartão

Em http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/tecnologia/noticia/2014/03/dispositivo-desenvolvido-por-empresa-alema-promete-reunir-todas-as-informacoes-sobre-uma-pessoa-e-ate-dar-a-partida-no-carro-4443531.html?utm_source=Redes%20Sociais&utm_medium=Hootsuite&utm_campaign=Hootsuite

Tudo em um cartão12/03/2014 | 06h05

Dispositivo desenvolvido por empresa alemã promete reunir todas as informações sobre uma pessoa e até dar a partida no carro

Bundesdruckerei apresenta tecnologia na Cebit, feira de inovação na Alemanha


Cadu Caldas, enviado especial a Hannover

cadu.caldas@zerohora.com.br

Já imaginou ter certidão de nascimento, carteiras de identidade, de motorista e de trabalho, passaporte e até a chave do carro em um só documento? É exatamente o que quer uma empresa alemã de tecnologia: reunir todas as informações dos usuários em um único cartão e colocar fim na agonia de quem é mais esquecido.

A dona da ideia, presente na Feira Internacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cebit), que se realiza até sexta-feira em Hannover, na Alemanha, tem credenciais suficientes para sustentar que o projeto, apesar de ambicioso, pode ser posto em prática. A Bundesdruckerei, conhecida na Europa pelo potencial de inovação, foi quem implantou os passaportes eletrônicos na Alemanha, nove anos atrás. Tecnologia semelhante só começou a ser usada nos documentos emitidos no Brasil em 2010.

Em 2013, a empresa também passou a produzir chips para licenças de motorista na Alemanha. E até o final do ano deve implantar pelo menos 90 portões de embarque eletrônicos nos aeroportos de Frankfurt, Berlim, Hamburgo, Munique e Düsseldorf. São equipamentos que verificam a autenticidade e a validade dos passaportes de forma automática.

Além de reunir todas as informações hoje espalhadas em diversos documentos, o cartão também pagaria contas e funcionaria como chave de automóvel. O motor só daria arranque ao receber sinal do chip inserido dentro da identidade do dono do carro – ou de alguma pessoa previamente autorizada pelo proprietário.

A vantagem, no entanto, é muito mais proteger os dados das pessoas e tornar seguras as transações na rede do que facilitar a vida dos mais avoados, garante o presidente da empresa, Ulrich Hamann.

– O novo cartão é muito mais do que apenas um documento de identidade. Ele oferece ao mundo online uma resposta segura e confiável para as pessoas – diz Hamann.

Recursos de segurança garantiriam privacidade

Questionado se não seria mais arriscado deixar todas as informações de uma pessoa em um só lugar, Hamann garante ter todos recursos de segurança necessários para manter os dados a salvo.

O plano, admite o empresário, é bastante ousado. Mas a empresa alemã já faz isso em média escala, oferecendo serviços personalizados para companhias privadas.

O que entra no chip

Caberá ao governo gerenciar o credenciamento e dar a cada pessoa a identidade plena, uma espécie de passaporte. Em um terminal de autoatendimento, o cidadão pode preencher os dados pessoais para que o documento seja produzido.

A identidade dispensa uso de chave ou crachá para entrar no local de trabalho. Basta segurar o cartão em frente ao leitor digital, que o objeto identificará quem está autorizado a entrar, ou não.

Passageiros não precisarão mais enfrentar fila para embarcar. Basta uma confirmação com a própria identidade e o sistema indica o portão de embarque correto.

Vai ser possível transferir todas as informações do cartão de identidade para o smartphone. Um aplicativo irá armazenar os dados de forma temporária.

O motor do carro só vai dar arranque ao receber sinal da identidade do dono do carro – ou de alguém diretamente habilitado pelo proprietário. No caso de aluguel do veículo, basta conectar o smartphone e um aplicativo fará a identificação.

Quando for se hospedar em um hotel, nada de ficar preenchendo formulários. O recepcionista terá acesso a todos os dados por meio da identidade.

O cartão de identidade também funcionará como forma de pagamento, dispensando uso de cédulas ou cartão de crédito em locais como supermercados.

O documento será personalizado. Cada usuário poderá escolher inclusive... ( continua em http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/tecnologia/noticia/2014/03/dispositivo-desenvolvido-por-empresa-alema-promete-reunir-todas-as-informacoes-sobre-uma-pessoa-e-ate-dar-a-partida-no-carro-4443531.html?utm_source=Redes%20Sociais&utm_medium=Hootsuite&utm_campaign=Hootsuite )

As melhores e piores expressões para colocar no currículo

Em http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2014/03/melhores-e-piores-expressoes-para-colocar-no-curriculo.html

14/03/2014 12h40 - ATUALIZADA EM: 14/03/2014 15h21 - POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE

Pesquisa realizada pelo site Career Builder mostra que determinadas expressões podem fazer a diferença na hora do recrutamento

Uma pesquisa realizada pelo site de recrutamento Career Builder aponta que 17% dos recrutadores gastam 30 segundos ou menos analisando um currículo. A grande maioria – 68% - demora em média 2 minutos. Com um tempo de avaliação tão curto, o estudo aponta que certas palavras e expressões podem fazer a diferença para ganhar uma chance com os recrutadores.

De acordo com o estudo, o uso de clichês e termos subjetivos não são bem vistos porque não trazem ‘informação real' e dificilmente mostram resultados efetivos.  "Sinergia", "Dinâmico" e "Pensar fora da caixa" podem parecer boas escolhas, mas não são indicados pelos recrutadores americanos. “Recrutadores preferem palavras fortes para definir experiências, habilidades e desempenho”, afirmou Rosemary Haefner, vice-presidente de recursos humanos da Career Builder. 

A pesquisa foi realizada em novembro e dezembro do ano passado, com cerca de 2200 recrutadores e profissionais de recursos humanos dos Estados Unidos – que atuam, em sua maioria, na área industrial e em companhias médias. Abaixo, confira o que não usar e quais termos podem te ajudar a causar uma boa impressão:

As piores expressões
- Pensar fora da caixa (26%)
- Sinergia (22%)
- Pode contar para tudo (22%)
- Líder nato (16%)
- Valor adicional (16%)
- Movido por resultados (16%)
- Trabalha bem em equipe (15%)
- Trabalhador (13%)
-  Pensador estratégico (12%)
-  Dinâmico (12%)
-  Motivado (12%)
-  Detalhista (11%)
-  Pró-ativo (11%)

Os melhores verbos/termos
-  Alcançou (52%) 
-  Melhorou (48%)
-  Treinou e foi mentor de (47%)
-  Administrou (44%) 
-  Criou (43%)
-  Resolveu (40%)
-  Voluntariou-se (35%)
-  Influenciou (29%)
-  Acrescentou/Diminuiu (28%)
-  Ideias (27%)
- Negociou... ( continua em http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2014/03/melhores-e-piores-expressoes-para-colocar-no-curriculo.html )

Bagagem cultural que fortalece o currículo

Em http://www.folhadirigida.com.br/fd/Satellite/educacao/entrevistas/Bagagem-cultural-que-fortalece-o-curriculo-2000069476215-1400002102372

Última Atualização - 13/03/2014

Por - Renato Deccache - renato.deccache@folhadirigida.com.br

Aprimorar o uso de uma língua estrangeira, fazer parte ou todo um curso de graduação, incrementar o currículo com uma pós-graduação de uma universidade mundialmente reconhecida. Estes são apenas alguns dos objetivos que têm levado milhares de brasileiros a estudarem no exterior nos últimos anos.

Com o mercado de intercâmbio em alta, a tendência é que aumente também a oferta de viagens de estudo e trabalho, com os mais diferentes objetivos e destinos. E isto acontece não só por conta do aumento da renda do brasileiro nos últimos anos, em especial, da classe média. Um número cada vez maior de estudantes já percebe que um período de estudos no exterior, mesmo que curto, pode trazer um diferencial importante para o currículo e ampliar a empregabilidade.

E o mercado de trabalho tem reconhecido o valor que o intercâmbio agrega à formação acadêmica e profissional de um estudante, como ressalta Lívia Lacerda, diretora Acadêmica do Centro Universitário IBMR, que pertence à  Laureate Brasil, integrante da rede global Laureate International Universities. “As principais características que as empresas geralmente valorizam e que são mais bem desenvolvidas pelos estudantes nas experiências internacionais são: flexibilidade, admiração pela diversidade, criatividade e capacidade de superar desafios”, diz a especialista.

Nesta entrevista, Lívia Lacerda fala sobre as contribuições trazidas por programas de intercâmbio, destaca a importância deste tipo de experiência para formação de network, ressalta a necessidade de conciliar objetivos acadêmicos e culturais e aponta os diferenciais que as viagens de estudo e trabalho são capazes de trazer. “Além do desenvolvimento de características valorizadas pelo mercado de trabalho, os estudantes que participam de programas internacionais desenvolvem grande consciência do seu papel na sociedade e ampliam seu conceito de cidadania.”

FOLHA DIRIGIDA — Que contribuições a participação em um intercâmbio estudantil pode trazer?
Lívia Lacerda —
Viver e estudar em um país diferente nos dá a oportunidade de experimentar valores, perspectivas, culturas e rotinas diversas. Não se trata apenas de praticar um idioma o qual o estudante não tem fluência como nativo, mas principalmente de ampliar seu arcabouço de formação cultural, econômica, social e profissional. Para obter o máximo dessa experiência, é preciso preparar-se melhor e obter orientação acadêmica antes, durante e depois da viagem.

Este tipo de experiência é reconhecida no mercado de trabalho? Por quê? Que características valorizadas pelas empresas são desenvolvidas pelos estudantes que participam deste tipo de viagem?
As principais características que as empresas geralmente valorizam e que são mais bem desenvolvidas pelos estudantes nas experiências internacionais são: flexibilidade, admiração pela diversidade, criatividade e capacidade de superar desafios.

Qual o diferencial que passam a ter os jovens que estudam por algum tempo no exterior?
Além do desenvolvimento de características valorizadas pelo mercado de trabalho, os estudantes que participam de programas internacionais desenvolvem grande consciência do seu papel na sociedade e ampliam seu conceito de cidadania. Tornar-se cidadão do mundo faz com que ele compreenda e possa avaliar problemas do seu cotidiano considerando o contexto internacional. Assim, esses estudantes têm a oportunidade de se tornarem pessoas que sabem atuar num cenário mais abrangente, com maior senso de responsabilidade em relação à humanidade.

Muitos estudantes participam de programas de intercâmbio focados no curso que pretendem fazer. Qual a importância de eles também participarem de outras atividades oferecidas pela universidade que os recebe, como palestras, workshops, programações culturais, etc?
É importante conhecer a cultura local e o estudante não deve perder qualquer oportunidade de participar de cursos, eventos, workshops, encontros e palestras no país que ele escolheu visitar. Na verdade, esse é um equilíbrio que um aluno, academicamente bem orientado, consegue manter: ele não pode abdicar do programa principal ao qual está vinculado – as disciplinas que irá cursar naquele semestre, por exemplo – para aventurar-se completamente na cultura, idioma e hábitos do país estrangeiro. Mas também não deve simplesmente dedicar-se aos estudos dessas disciplinas e ao convívio na universidade que o recebeu sem aproveitar a oportunidade de conhecer temas e participar de eventos, que são fundamentais para a compreensão da cultura do país que o acolhe.

Que dicas daria aos estudantes, na busca por ampliar seu network? O intercâmbio é um bom momento para isto?
É uma excelente oportunidade. Em programas de intercâmbio, os estudantes podem desenvolver amizades duradouras, que trarão muitas oportunidades em suas carreiras. Eles devem buscar, sempre que possível, criar projetos que ampliem a cooperação com essa rede de contatos, aumentando assim a possibilidade de interação constante com a rede de relacionamentos desenvolvida no período do intercâmbio. Bons exemplos de projetos desse tipo são o desenvolvimento de pesquisas, artigos, planos de negócios, sites, etc que sejam iniciados no período do programa internacional e possam ser mantidos, em cooperação com os amigos de outras nacionalidades, após o retorno do estudante ao seu país de origem.

Especialistas recomendam que o estudante procure ter bastante informação sobre o país e a cultura local antes de viajar. De que forma este tipo de informação pode ajudar quem vai estudar ou trabalhar no exterior?
Essa recomendação é muito importante. Um estrangeiro na Catalunha que desconhece as celebrações do dia de São Jorge, durante o qual as mulheres ganham rosas e os homens ganham livros, por exemplo, pode perder a oportunidade de visitar feiras e eventos programados para esse dia. Na maioria das vezes, simplesmente conhecer o calendário de festas e eventos mais importantes do país já garante uma boa programação. Não é incomum ouvir relatos de alunos que compareceram às aulas em feriados nacionais, por desconhecerem o calendário local. Também é importante saber sobre as manifestações culturais locais, para conhecer e poder participar delas sempre que possível. Na maioria das vezes, a simples experiência de passear pelas ruas durante esses eventos já assegura boas lembranças e momentos de diversão que terão grande significado na vida dessas pessoas.

Há tipos de intercâmbio mais valorizados?
Todos os tipos de intercâmbio são importantes e trazem maior destaque ao currículo profissional. Dependendo das possibilidades, pode-se optar por um curso de cinco dias ou um intercâmbio de um ano com a certeza de um grande impacto na formação do estudante. Existem países e instituições mais indicados para cada carreira. Por isso, a orientação acadêmica é fundamental e não pode ser dada considerando apenas o percurso profissional traçado em conjunto com o estudante. É necessário considerar também suas aptidões e potencialidades. Existe todo um preparo em termos de formação anterior ao período de intercâmbio para que o estudante aproveite o máximo dessa experiência.

Existem áreas para as quais os intercâmbios são mais valorizados?
Em todas as áreas, ter uma experiência internacional é um diferencial garantido no currículo profissional. Costumo fazer um paralelo com o idioma inglês. Há quinze anos, ele era um diferencial na carreira profissional. Hoje, ele é item básico na maioria das carreiras e faz parte da formação aluno, na maioria das vezes, até antes da universidade. O mesmo está ocorrendo com a experiência da internacionalidade. Cada vez mais áreas percebem que é preciso captar profissionais com horizontes e perspectivas globais.

A senhora também diz que outra preocupação que o estudante deve ter é com o seguro saúde internacional. Por quê? Quais cuidados são importantes em relação a este item?
Imaginem um estudante doente ou que sofre algum acidente num país diferente do seu. Apenas o fato de estar doente já o fragiliza, mas não poder contar com os serviços básicos de saúde pode se tornar um grande problema para ele e para a sua família. Estar em outro país implica numa certa tensão, tanto para o estudante quanto para sua família, e essa tensão se amplia muito quando qualquer problema de saúde ocorre nesse período. É muito importante que o estudante e sua família possam contar com apoio, no caso de doença ou acidente. Em muitos países, há sistemas de saúde que garantem atendimento gratuito, mas em alguns deles, determinados atendimentos são restritos aos cidadãos daquele país ou podem não estar disponíveis no momento da emergência. Por isso, o seguro saúde internacional é tão importante.

O IBMR é integrante da Rede Internacional Laureate. De que forma o centro universitário trabalha o intercâmbio estudantil? Há incentivo para alunos da instituição realizarem viagens de estudo para o exterior?
Fazer parte da maior Rede de Ensino Superior do mundo garante aos nossos alunos diversas oportunidades durante o seu processo de formação. Seguimos o padrão da Rede Laureate, oferecendo aos nossos alunos o International Office – que desenvolve programas específicos para intercâmbio, atualização, webinars, eventos internacionais, cursos, palestras, encontros e seminários que promovam a formação internacional. Motivamos nossos alunos a participar de alguma experiência internacional desde o início de sua formação. Além disso, oferecemos curso de Inglês com a certificação da Cambridge University Press. O International Office orienta os alunos e os acompanha durante todo o processo de decisão sobre qual programa internacional ele deve buscar: que país e que instituição escolher; que disciplinas deverá cursar; em que período de sua formação o intercâmbio será mais atrativo. Existem diferentes formas de apoiar o aluno nesse processo. Uma etapa fundamental é fazer com que ele se prepare para ser um profissional de padrão internacional desde o primeiro dia de aula. Existe toda uma estrutura de formação humanística que precisa ser desenvolvida antes da viagem, para garantir que o aluno entenda a diversidade que vai encontrar como uma excelente oportunidade de aprendizado. Além do idioma, das informações sobre o país, a cidade, a região, o aluno pode contar com o International Office da universidade estrangeira que o abriga, o que torna a experiência mais confortável e tranquila para o estudante e sua... ( continua em http://www.folhadirigida.com.br/fd/Satellite/educacao/entrevistas/Bagagem-cultural-que-fortalece-o-curriculo-2000069476215-1400002102372 )