quinta-feira, 26 de novembro de 2015

UFSC OFERECE FERRAMENTA GRATUITA PARA AUXILIAR CANDIDATOS NO VESTIBULAR 2016

Eduardo Melo
Atualizado:
25 novembro 2015, 19:28







Vestibular terá disputa acirrada pelas vagas entre os dias 12 e 14 de dezembro, trazendo algumas alterações.

Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, uma das mais conceituadas universidades do Brasil, está oferecendo, de forma gratuita, um simulado online para auxiliar os candidatos a garantir uma das tão sonhadas vagas para 2016.

As inscrições podem ser realizadas até o dia30 de novembro pelo site do simulado, e a prova ficará disponível na rede até às 18h deste mesmo dia.

O simulado conterá questões baseadas nas que serão cobradas no dia no vestibular, no formato de somatórias, padrão nos vestibulares da universidade e com conteúdo atualizado. Os candidatos terão duas horas e meia para concluir o teste e a conferência dos seus resultados será dada de forma imediata ao término das atividades.

Vestibular UFSC 2016

As provas para o vestibular serão realizadas entre os dias 12 e 14 de dezembro, e a concorrência promete fazer deste um dos vestibulares mais difíceis dos últimos anos em Santa Catarina.

Segundo dados divulgados pela UFSC no último dia 24, o total de inscritos no vestibular 2016 supera os 36 mil candidatos, sendo que destes apenas 1.420 alegaram estar fazendo apenas por experiência, tornando os demais, reais candidatos a disputar as vagas.

Como já era esperado, com 8.190 inscritos, medicina é o curso mais concorrido da universidade, com 234 candidatos por vaga. Completando a lista dos dez mais concorridos, estão, por ordem decrescente, as graduações de Arquitetura e Urbanismo; Direito – Diurno; Direito – Noturno; Engenharia Química; Nutrição; Psicologia; Engenharia Civil; Cinema e Engenharia Mecânica.

Para o processo seletivo deste ano, há duas alterações importantes a serem observadas pelos candidatos. A primeira é a exclusão da utilização das notas obtidas no ENEM na composição da pontuação final do candidato para a disputa das vagas na UFSC. A segunda é a reserva de 30% das vagas ofertadas para ingresso via Sisu 2016/1 (Sistema de Seleção Unificada), que foi aprovado pelo Conselho Universitário.

As provas para o vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina poderão ser realizadas em 23 municípios catarinenses, com duração de... ( continua em http://br.blastingnews.com/educacao/2015/11/ufsc-oferece-ferramenta-gratuita-para-auxiliar-candidatos-no-vestibular-2016-00669081.html )
  • DOWNLOAD PARCIAL. LARCEN, César Gonçalves. Mais uma lacônica viagem no tempo e no espaço: explorando o ciberespaço e liquefazendo fronteiras entre o moderno e o pós-moderno atravessando o campo dos Estudos Culturais. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2011. 144 p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. AGUIAR, Vitor Hugo Berenhauser de. As regras do Truco Cego. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2012. 58 p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. LINCK, Ricardo Ramos. LORENZI, Fabiana. Clusterização: utilizando Inteligência Artificial para agrupar pessoas. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2013. 120p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. LARCEN, César Gonçalves. Pedagogias Culturais: dos estudos de mídia tradicionais ao estudo do ciberespaço em investigações no âmbito dos Estudos Culturais e da Educação. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2013. 120 p.
  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


PORTUGAL. Surpresa! Há mais mestres do que licenciados

24/11/2015 - 10:03

Na população entre os 25 e os 64 anos a OCDE atribui-nos 17% de diplomados com grau de mestre.


Uma alteração nos níveis da Classificação Internacional Normalizada da Educação, mais conhecida pela sua sigla em inglês ISCED ( International  Standard Classification of Education), terá levado a que Portugal mereça um destaque pela positiva no relatório anual que dá conta do Estado da Educação nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). 

Na edição de 2015 do Education at Glance, divulgada nesta terça-feira, destaca-se, na nota relativa a Portugal, que a escolaridade da população é "bastante desigual". Por um lado, continua a ser o segundo país da OCDE com uma percentagem mais elevada da população entre 25 e os 64 anos que não concluiu o ensino básico (36%). Mas, por outro, "17% da população entre os 25 e os 64 anos tem o grau de mestre, bem acima da média da OCDE que se situa nos 11%".

Neste último relatório da OCDE foram aplicados os novos níveis do ISCED aprovados em 2011 para dar resposta, precisamente, à proliferação de diferentes tipos de ofertas no ensino superior, a começar pelas alterações introduzidas pela reforma de Bolonha.

Em vez de dois níveis nesta escala, sendo que um deles agregava licenciaturas (pré e pós Bolonha)  e mestrados, o ensino superior passa a ter quatro: cursos de curta formação; bacharelato ou equivalente, incluindo licenciaturas; mestrado; e doutoramento. 

Com a reforma de Bolonha, parte dos diplomados pela primeira vez podem ter uma licenciatura de 1.º ciclo (três anos) ou um mestrado integrado (cinco anos). No novo ISCED, no nível referente a bacharelatos e equivalentes, que é agora o que inclui também as licenciaturas, este último grau refere-se apenas às licenciaturas do 1.º ciclo criadas com Bolonha, com uma duração de três anos.

Este facto poderá explicar esta outra situação particular que a OCDE nos atribui em 2014: ter apenas 5% de adultos entre os 25 e os 64 anos com licenciatura, sendo que os mestres representariam  17% e os diplomados com grau de doutoramento 1%. As médias da OCDE são respectivamente de 15%, 11 % e 1%. Já as da União Europeia situam-se nos 22%, 19% e 1%.   

O salto português na população adulta foi recebido com surpresa pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas. Embora ressalvando que não tivera ainda acesso ao relatório, António Cunha diz que não encontra "muitas explicações" para o peso do grau de mestres nos 25 aos 64 anos e que até nem percebe bem o cenário avançado pela OCDE. Interroga-se se será por Portugal ter começado "muito cedo a implementar a reforma de Bolonha e a apostar nos mestrados integrados", mas remete eventuais explicações para mais tarde.

Em resposta ao PÚBLICO, o consultor da OCDE  Diogo Paula, frisa que, apesar de a reforma de Bolonha "poder ser uma das explicações" para o salto na percentagem de mestres, existem outros dados que acabam por minimizar o efeito dos mestrados integrados neste balanço.

"Há menos portugueses que a média a obter um diploma de mestrado como primeira qualificação do ensino superior, o que seria o equivalente a um programa de cinco anos", alerta. Na verdade, quando os dados incidem sobre os diplomados pela primeira vez, a percentagem dos que têm o mestrado como primeira formação é de 15% contra uma média de 18% na UE. Já o valor dos que obtiveram um grau de bacharelato ou equivalente, onde se incluem as licenciaturas de 1.º ciclo de Bolonha, sobe para 85%, sendo que a  média na OCDE e na UE... ( continua em http://www.publico.pt/sociedade/noticia/surpresa-ha-mais-mestres-do-que-licenciados-1715379 )

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  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Alfabetização para valer

Projeto realizado durante quatro anos em três escolas promove melhoras e detecta falhas do ensino público

MÁRCIO FERRARI | ED. 237 | NOVEMBRO 2015


Os números são oficiais. Segundo os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) 2014, anunciados em setembro pelo Ministério da Educação (MEC), uma em cada cinco crianças do 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas só tem capacidade de ler palavras isoladas e 56,7% só conseguem localizar uma informação explícita em um texto longo se ela estiver na primeira linha.

O 3º ano – no qual se encerra o primeiro ciclo do ensino fundamental – deveria ser aquele em que se completa a alfabetização. Como a meta frequentemente não corresponde à realidade, foi criado em 2012 o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), um compromisso dos governos federal, estaduais e municipais para tentar alcançá-la. Dois anos antes, também com o intuito de melhorar essas estatísticas, tornou-se obrigatório o ensino fundamental de nove anos, que acrescentou uma série ao início do processo de alfabetização.

"Criam-se novas políticas, mas não se prevê como vão funcionar", critica Claudemir Belintane, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Embora os números de inclusão educacional tenham atingido quase a totalidade da população em idade escolar, as deficiências do ensino não permitem comemorações. "Não temos mais uma escola excludente, mas alunos que ficam excluídos dentro da própria sala de aula", prossegue Belintane. Segundo ele, um só professor em sala de aula quase nunca dá conta da alfabetização de todos os alunos, que chegam à escola com diferentes graus de capacitação para ler e escrever. "Assim, acham um padrão mediano, apoiando os alunos que já têm condições de aprender e deixando de lado os que não têm", afirma Belintane. No entanto, as diferenças são naturais em qualquer grupo de alunos. "É preciso entender que a heterogeneidade não traz necessariamente alunos problemáticos, mas modos diferentes de entrar no código escrito a partir da cultura de cada um", diz o pesquisador.

Entre 2011 e 2014, Belintane esteve à frente do projeto "O desafio de ensinar a leitura e a escrita no contexto do ensino fundamental de nove anos", com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O objetivo do trabalho foi construir uma proposta de alfabetização e leitura para o primeiro ciclo. O projeto se desenvolveu nas Escolas de Aplicação da USP e da Universidade Federal do Pará (UFPA) e numa escola pública em Pau dos Ferros, esta sob responsabilidade de pesquisadores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Ao todo, 326 crianças foram envolvidas no estudo, do qual participaram alunos de graduação e pós-graduação das três instituições e os próprios professores das escolas receberam bolsas para atuar na pesquisa.

Uma avaliação realizada pelos pesquisadores – de 12 a 15 em cada escola – constatou a alfabetização de mais de 90% dos alunos, além de "um nível alto de leitura e produção textual". Os bons resultados foram confirmados pela ANA da escola da USP. Antes do projeto, as notas dessas escolas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do MEC eram bem diversas: 7,3 para a paulista, 5,8 para a paraense e 4,9 para a potiguar. O Ideb ainda não fez uma avaliação posterior.

A prática foi simultaneamente de verificação e intervenção, com um escopo ambicioso, que incluiu diagnósticos e avaliações contínuas dos alunos, investigação da formação dos professores e elaboração de uma política de articulação entre as séries e entre os ciclos. "Enquanto nós pesquisávamos, também melhorávamos o ensino de um ano para o outro", conta Belintane. O primeiro ano, 2011, foi de implantação e organização na 1ª série, enfrentando certa resistência e o período de adaptação dos professores. O pesquisador percebeu, da parte dos professores em geral, boa disposição para receber "uma intervenção muito grande" em suas rotinas de sala de aula. "O ensino fundamental de nove anos estava começando a ser implantado e ninguém sabia muito bem o que fazer", diz. "Isso nos deu argumento para propor mudanças no programa do ciclo."

© LÉO RAMOS

Brincadeira de senha, com recombinação de sílabas, antes de entrar na sala de aula...

Brincadeira de senha, com recombinação de sílabas, antes de entrar na sala de aula…

Contar histórias
A intervenção deu ênfase à oralidade como elemento introdutório para a alfabetização e ao uso de diversos suportes para ensinar leitura e escrita, inclusive os eletrônicos. A importância da oralidade vem sendo pesquisada e defendida por Belintane, que escreveu o livro Oralidade e alfabetização – Uma nova abordagem da alfabetização e do letramento (Cortez Editora, 2014) baseado em parte em uma pesquisa anterior, feita com apoio da FAPESP em uma escola estadual da zona oeste da cidade de São Paulo. Um novo livro sobre o assunto está programado para 2016, agora com base no banco de dados e nas observações resultantes da pesquisa mais recente. Além de artigos em revistas, o projeto Desafios, como ficou conhecido entre os participantes, originou até agora quatro teses de doutorado e seis dissertações de mestrado, além de um filme documentário em fase de edição.

As estratégias de uso da oralidade englobaram contação de histórias e jogos como adivinhas, trava-línguas e parlendas. Essas práticas, originadas da tradição popular, fazem parte de uma espécie de memória coletiva, mas costumam passar ao largo das salas de aula. "Para os professores que não estão habituados a usá-las, eu peço que puxem pela memória da própria infância", conta Belintane. De início, mesmo a contação de histórias deve, no entender do educador, ser feita pelo professor sem um suporte escrito.

"Uma das constatações que eu trouxe de projetos anteriores é que o Brasil é um país oral", diz Belintane. "Os alunos respondem bem quando trazemos as atividades por via da música, da rima, da métrica ou da contação de histórias, textos que são trazidos na memória. Não se trata de conversa cotidiana, que é fragmentária." Mesmo as crianças que têm pouca afeição à escola e dão vazão à agitação física na sala de aula costumam gostar de ouvir histórias e respondem a elas com um sossego do corpo. Envolver o grupo num círculo de contação de histórias é também um modo de integrar as crianças que tendem a se isolar.

A ideia de trabalhar com esse tipo de material responde à formação de uma matriz textual que será necessária na escrita e na leitura, por corresponder a narrativas. "Se o aluno não tem narrativas na memória, ele se alfabetiza precariamente", afirma Belintane. Aos poucos, o professor vai misturando contação e leitura em voz alta, ou então, numa fase mais adiantada, narra a história oralmente até o clímax e entrega a solução da trama por escrito – os que têm dificuldades leem junto com um colega. "O aluno tem que ler textos de grande extensão", diz Belintane. "As avaliações do governo muitas vezes propõem o texto de uma propaganda, uma tirinha em quadrinhos ou um texto curto. Isso melhora as estatísticas, mas o aluno que lê de forma lenta ainda não é um leitor. Diante de um texto grande ele se perde."

Belintane é crítico da crença da escola construtivista de que as crianças devem ser expostas a diversos tipos de texto. Segundo ele, nos anos iniciais da escolarização a imaginação das crianças deve ser acionada e satisfeita. Belintane concorda com o filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955) quando, ao criticar o pragmatismo na educação, disse que as crianças devem ler coisas "inúteis" – isto é, não necessariamente relacionadas à realidade imediata com que convivem. É uma postura diferente da defendida pela educadora Magda Becker Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da instituição (Ceale). Para ela, os alunos precisam desde o início serem expostos à função social da escrita. "As crianças se alfabetizam para ler textos que circulam no contexto social e para escrever em eventos em que a escrita é necessária", diz Magda. "A alfabetização deve basear-se em textos produzidos em situações reais, visando a leitores reais."

© LÉO RAMOS

... palavras a serem decifradas pelas crianças na lousa

… palavras a serem decifradas pelas crianças na lousa

Singularidades
Belintane vem observando há tempos o interesse das crianças por mitos e costuma recorrer a antologias de contos populares, de matriz indígena, africana ou europeia, como os compilados por Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). "As crianças que entram na nova primeira série têm apenas 6 anos de idade, mas muitos professores trabalham praticamente apenas com giz, lousa e elementos de alfabetização, sem estimular sua imaginação", diz Belintane. Ele recomenda que os professores dispensem livros didáticos (sobretudo as cartilhas) e produzam ou procurem materiais contextualizados em relação aos diagnósticos sobre os alunos da classe, usando simultaneamente aqueles que têm suporte em papel e ferramentas contemporâneas, de filmes a tablets e jogos de computador.

Para os envolvidos no projeto coordenado por Belintane, esse esquema tradicional, centrado no chamado professor regente (aquele que comanda e se responsabiliza pelas atividades principais da sala de aula), não consegue manejar a diversidade e as demandas múltiplas da classe. Na Escola de Aplicação da USP, a professora Natalia Bortolaci – que se baseou na experiência como bolsista do projeto para fazer sua dissertação de mestrado em pedagogia, uma proposta de currículo para a nova 1ª série do ensino fundamental – participou e acompanhou de perto a elaboração de procedimentos para cada criança da classe. Durante o projeto, pela presença de mais professores do que os contratados pela escola, as classes puderam ser reduzidas de 30 para 20 alunos, o que já facilita uma atenção personalizada. Em cada sala havia dois professores, um deles para "questões singularizadas". "Isso deu a possibilidade de observação e intervenção mais pertinentes no caso dos alunos com maior resistência a aprender ou que chegam com menos cultura escolar", conta Natalia.

O projeto Desafios promoveu diagnósticos com quatro níveis de domínio de leitura e escrita e classificou as crianças. Segundo Natalia, isso permitiu que todos os alunos pudessem ser desafiados a aprender mais, mesmo os que chegam com domínio da leitura e da escrita. Foram promovidas atividades simultâneas sobre um mesmo tema, mas com graus diferentes de dificuldade. E, uma vez por semana, o "professor de ciclo" convidou os que têm mais dificuldade para atividades fora da sala de aula, com trabalhos a partir da oralidade. Em outros momentos as atividades misturaram os grupos, com a ideia de que os que sabiam mais ajudassem os que sabiam menos. Na Escola de Aplicação da UFPA as experiências foram além, com grupos que reu-niram alunos de diferentes séries. O trabalho com quatro perfis de estudantes continuou na instituição mesmo depois do fim do projeto. A ideia de separar alunos por graus de habilidades é vista com cautela por muitos educadores. "Fazer separações traz para dentro da escola os preconceitos que a sociedade dissemina sobre os mais fracos socialmente", diz Leda Tfouni, professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP.

No trabalho de diagnóstico para a 1ª série, os professores do projeto Desafios elaboraram no início do ano portfólios por aluno, que reúnem registros de atividades realizadas na pré-escola e, quando possível, informações obtidas com os pais. Trabalhos semelhantes são realizados dentro do conceito de "dobradiças" entre as séries e ciclos: no fim e no início do ano alunos das duas séries seguidas se encontram e conversam. O trabalho de conhecimento e diálogo com o aluno é constante. Belintane adotou os conceitos de "escuta" e "transferência" da psicanálise para trabalhar com os alunos em atividades relacionadas à alfabetização. Jogos e exercícios são utilizados para tomar um contato mais profundo com as crianças. "O aluno com dificuldades é muito sensível e é difícil lidar objetivamente com ele; mas é possível ter alguém dentro da classe para cuidar disso, sem ter de recorrer a um psicopedagogo externo ao ambiente escolar", diz Belintane.

© LÉO RAMOS

Participação nas aulas e aprendizado da escrita: atenção à singularidade e à imaginação dos alunos

Participação nas aulas e aprendizado da escrita: atenção à singularidade e à imaginação dos alunos

Formação
A escuta a esse aluno empresta a ideia de "atenção flutuante" de Sigmund Freud (1856-1939), segundo a qual é nos detalhes aparentemente sem importância da fala que uma pessoa se revela mais profundamente. Espera-se com isso encontrar o "ponto de giro", a partir do qual o aluno sai do papel de suposta incapacidade de aprender. Um exemplo de transferência é o de um aluno muito resistente ao aprendizado e com uma história pessoal de abandono que, por meio de atividades de contação de histórias promovidas por uma das pesquisadoras do projeto Desafios, identificou-se com o personagem Pequeno Polegar (um andarilho solitário), e esse foi seu ponto de giro.

Desafiando a prática das teorias construtivista e sociointeracionista – que pregam a exposição do aluno, desde o início do processo de alfabetização, a textos completos de diversos gêneros –, Belintane acredita na utilização dos elementos constitutivos das palavras – sílabas e letras – em combinações e recombinações. Na Escola de Aplicação da USP, o professor, na entrada da sala de aula, brinca de "senha" com os alunos. Cada um pega, sem ver, um cartão com duas palavras (por exemplo: chuchu e vagem) e busca formar outra com uma sílaba de cada (chuva). Em outra atividade, uma lista na lousa mostra palavras estranhas que os alunos, acrescentando e tirando letras, transformam em termos conhecidos.

As deficiências do ensino da alfabetização percebidas durante o projeto Desafios e nas pesquisas anteriores de Belintane levaram, inevitavelmente, a uma avaliação da formação do professor. Para ele, quem alfabetiza precisa ser um "professor leitor". "A formação dos professores precisa sair do envolvimento mais ideológico, marcado pela adesão a correntes, e debruçar-se mais sobre as demandas reais do ensino brasileiro, sobretudo as da própria escola em que se dá aula", diz Belintane. "Falta conhecimento das técnicas de alfabetização e dos recursos necessários ao domínio do alfabeto." Leda Tfouni concorda: "De que adianta um professor com a cabeça cheia de teorias famosas, sem saber direito o que fazer com isso?". Belintane acredita que o projeto Desafios possibilitou que o ensino nos cursos de Pedagogia integrantes fosse repensado e... ( continua em http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/alfabetizacao-para-valer/ )
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

“Não é que o homem chegou e caçou todos os mastodontes, e todas as preguiças-gigantes”

 Simulações reforçam papel humano na extinção de grandes mamíferos

Redes ecológicas do Pleistoceno nas Américas eram suscetíveis à chegada de novo predador

MARIA GUIMARÃES | Edição Online 23:14 12 de novembro de 2015

Por volta de 10 mil anos atrás, alguma coisa aconteceu para varrer do mapa das Américas grandes animais como preguiças-gigantes, tigres-dentes-de-sabre e mastodontes. Na impossibilidade de voltar no tempo, é difícil saber o que levou a esse sumiço coletivo, conhecido como as extinções da megafauna do Pleistoceno, mas dois protagonistas disputam a culpa: os seres humanos e mudanças climáticas. O biólogo Mathias Pires, da Universidade de São Paulo, sugere pender a balança um pouco mais para o lado dos caçadores bípedes, conforme expõe em artigo publicado em setembro na revista Proceedings of the Royal Society B. O trabalho é a parte principal de seu doutorado, um dos ganhadores do Prêmio Capes de Teses deste ano, na categoria Biodiversidade (veja também Pesquisa FAPESP nº 231).

"Não é que o homem chegou e caçou todos os mastodontes, e todas as preguiças-gigantes", explica Pires. Sua proposta é mais sofisticada e envolve modelos matemáticos para reconstruir o funcionamento das redes ecológicas da época. Os resultados revelam que as comunidades de grandes mamíferos do Pleistoceno não eram especialmente instáveis, mas sensíveis ao acréscimo de um predador eficaz como o homem.


© RODOLFO GUARNIERI BATISTA

Representação de preguiça-gigante que existia em toda a América do Sul

Representação de preguiça-gigante que existia em toda a América do Sul


A teoria que serve como base para o trabalho postula que o número de espécies de um sistema ecológico, a quantidade e a força das interações entre elas e a forma como essas interações são distribuídas definem a resistência da rede a perturbações. Com isso em mente, Pires fez uma reconstrução virtual das redes ecológicas que caracterizariam cinco localidades na América do Norte e quatro na América do Sul, levando em conta a fauna descrita em artigos científicos e no banco de dados público Paleobiology Database. As simulações mostraram que a chegada do novo predador aumentava a conectividade entre os integrantes da rede, gerando instabilidade e aumentando o risco de extinções. "Se o sistema é muito conectado, o efeito de uma perturbação se propaga melhor", explica Pires. Segundo ele, as interações entre as espécies propagam os efeitos sentidos por cada uma delas, que incluem redução populacional. "O resultado pode ser o colapso da comunidade."

© MATHIAS PIRES / USP

Preguiça-gigante em exposição no Museu de Zoologia da USP

O estudo mostrou também uma diferença entre as Américas: a alta diversidade de herbívoros em relação aos carnívoros pode ter favorecido uma maior estabilidade na parte sul do continente em relação ao norte, onde havia mais predadores. A sugestão condiz com a informação de outros estudos, de que as extinções teriam levado mais tempo na América do Sul.

Mesmo sob o efeito de perturbações, existe a possibilidade de os sistemas se reorganizarem e adquirirem novas características, como se vê hoje nas comunidades das Américas – pobres em grandes mamíferos. Único continente onde os grandes mamíferos parecem ter sido poupados, a África foi incluída no estudo como comparação. "O homem surgiu na África e colonizou os outros continentes bem mais tarde. Uma possibilidade é que as redes ecológicas de lá se tenham reorganizado, ajustando-se à presença do homem", afirma Pires. Ainda é uma suposição.

Para ele, as coincidências entre as extinções e a chegada do ser humano já eram um indício forte de que o caçador bípede não foi apenas um espectador no sumiço da megafauna. Isso não quer dizer que o homem trabalhou sozinho: considera-se que os animais já estavam debilitados por efeitos de flutuações climáticas que vinham acontecendo ao longo do... ( continua em http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/12/simulacoes-reforcam-papel-humano-na-extincao-de-grandes-mamiferos/ )

Projetos
1.
Estrutura e dinâmica coevolutiva em redes de interações mutualísticas (n° 2009/54422-8); Modalidade Jovens Pesquisadores; Pesquisador responsável Paulo Roberto Guimarães Junior (IB-USP); Investimento R$ 161.960,08.
2. Redes tróficas do Pleistoceno: estrutura e fragilidade (nº 2009/54567-6); Modalidade Bolsa no país – Regular – Doutorado; Pesquisador responsável Paulo Roberto Guimarães Junior (IB-USP); Bolsista Mathias Mistretta Pires (USP); Investimento R$ 161.960,00.

Artigo científico
PIRES, M. M. et al. Pleistocene megafaunal interaction networks became more vulnerable after human arrival. Proceedings of the Royal Society B, v. 282, n. 1814. 2 set. 2015.

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    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


Registros inventados

ED. 237 | NOVEMBRO 2015

Um artigo científico sobre efeitos de uma droga contra hipertensão foi retratado no final de setembro pelo The Journal of the American Medical Association (Jama). O paper, que havia sido publicado em 2013 e recebera 35 citações, sustentava que o Ramipril, medicamento usado para o controle da pressão arterial, teria um efeito benéfico suplementar: ajudaria pacientes com problemas circulatórios a caminhar sentindo menos dor. Os pilares que amparavam essa conclusão desmoronaram quando a autora principal do artigo, a australiana Anna Ahimastos, admitiu que parte dos dados do artigo foi inventada. O trabalho se baseou num ensaio clínico de três anos com 212 indivíduos, com média de 65 anos de idade, recrutados em Melbourne, Townsville e Brisbane, cidades da Austrália. Anna confessou que muitos dos pacientes de Melbourne jamais existiram e seus registros foram fabricados. Os resultados favoráveis ao Ramipril apresentados no artigo, como disse a pesquisadora a uma comissão de investigação, foram obtidos num ensaio clínico menor, feito posteriormente.

© WIKIMEDIA / KEMINA

Baker IDI Institute em Melbourne: pacientes fictícios em ensaio clínico

Baker IDI Institute em Melbourne: pacientes fictícios em ensaio clínico


Anna Ahimastos trabalhava no Baker IDI Heart and Diabetes Institute, em Melbourne, e foi demitida quando o escândalo eclodiu. A investigação teve início em junho, quando um pesquisador da instituição notou inconsistências nos dados de pesquisa que abasteceram o artigo. De acordo com a investigação interna, nenhum outro coautor sabia do problema. A chefe do laboratório onde a fraude aconteceu, Bronwyn Kingwell, disse que Anna é uma Ph. D com 10 anos de experiência, recebeu treinamento em boas práticas clínicas e estava qualificada para o trabalho. "Trabalhamos em equipe, num ambiente de alta confiança no qual cada indivíduo assume responsabilidades sérias. Infelizmente, a pessoa que quebrou essa confiança era responsável pela coleta de dados", afirmou Kingwell, que assinou 16 artigos com a ex-colega, entre os quais o do Jama. O instituto, embora afirme que se trata de um caso isolado, está reavaliando seus processos, principalmente os relacionados à forma como seus pesquisadores coletam e apresentam dados de pesquisa, para evitar que o incidente se repita. Outros papers publicados por Anna Ahimastos estão sendo avaliados e pelo menos um deles, publicado na revista Circulation Research, também foi retratado.

Para Virginia Barbour, presidente do Committee on Publication Ethics, fórum de editores científicos que oferece orientações sobre boas práticas científicas, casos como esse podem ser um efeito da exacerbação da cultura do "publique ou pereça". "Sentimos que um dos problemas é a pressão para publicar, e publicar em revistas de alto impacto", disse à rede de televisão ABC. Ela citou um estudo feito no Reino Unido em 2014 no qual pesquisadores disseram que, para atender altas expectativas, eventualmente cometem... ( continua em http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/11/17/registros-inventados/ )

  • DOWNLOAD PARCIAL. LARCEN, César Gonçalves. Mais uma lacônica viagem no tempo e no espaço: explorando o ciberespaço e liquefazendo fronteiras entre o moderno e o pós-moderno atravessando o campo dos Estudos Culturais. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2011. 144 p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. AGUIAR, Vitor Hugo Berenhauser de. As regras do Truco Cego. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2012. 58 p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. LINCK, Ricardo Ramos. LORENZI, Fabiana. Clusterização: utilizando Inteligência Artificial para agrupar pessoas. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2013. 120p. il.
  • DOWNLOAD GRATUÍTO. FREE DOWNLOAD. LARCEN, César Gonçalves. Pedagogias Culturais: dos estudos de mídia tradicionais ao estudo do ciberespaço em investigações no âmbito dos Estudos Culturais e da Educação. Porto Alegre: César Gonçalves Larcen Editor, 2013. 120 p.
  • CALLONI, H.; LARCEN, C. G. From modern chess to liquid games: an approach based on the cultural studies field to study the modern and the post-modern education on punctual elements. CRIAR EDUCAÇÃO Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, v. 3, p. 1-19, 2014.
    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


Prêmio Santander Universidades entrega mais de R$ 2 milhões em incentivos à educação

23 de Novembro de 2015

Cerimônia de entrega dos prêmios aconteceu na última quinta feira (19), em São Paulo

Fonte: Divulgação 

Na última quinta-feira (19), o Banco Santander, por meio do Santander Universidades, reuniu educadores, alunos e reitores no auditório do Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, para incentivar e celebrar a educação. A 11ª edição dos Prêmios Santander Universidades entregou bolsas de estudos internacionais e mais de R$ 2 milhões em incentivos para os projetos vencedores.

O prêmio conta com 4 categorias: Empreendedorismo, Ciência e Inovação, Universidade Solidária e Guia do Estudante – Destaques do Ano. Ao todo, 21 projetos foram premiados e seus representantes foram chamados ao palco para receber o troféu do Santander Universidades.

 

O evento começou com a apresentação do hino nacional brasileiro, interpretado pela cantora Luiza Possi. Em seguida, a anfitriã do evento, a jornalista Cristiane Pelajo, deu início a cerimônia de entrega dos prêmios. O presidente do banco Santander do Brasil, Jesús Zabalza, subiu ao palco e salientou a importância da premiação. "Ela tem o poder de mudar a sociedade e a vida das pessoas", disse Zabalza.

 

A presidente mundial do banco, Ana Botín, e o futuro presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, também declararam o quanto o Prêmio Santander Universidades pode fazer pela sociedade. "É um prazer contribuir para o desenvolvimento do país, apostando em suas universidades. Essa é a única maneira de criar um ciclo de crescimento e inovação", disse Ana. Para Sergio Rial, a ocasião era uma grande festa. "O prêmio é a celebração do que acreditamos: trabalho duro, pensamento em inovação e empreendedorismo", declarou.

 

A Professora Doutora Yula de Lima Merola, ganhadora do prêmio na categoria Universidade Solidária, com o projeto Cooperativa de catadores: articulação entre renda, reciclagem e gestão ambiental, ficou emocionada com a... ( continua em http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/11/23/1133952/premio-santander-universidades-entrega-r-2-milhes-incentivos-educacao.html )
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    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Anúncios de TV usam sons inaudíveis para monitorar usuários

Por Renato Santino - em 13/11/2015 às 17h30

Acha que os anúncios online estão cada vez mais invasivos? Boas notícias (só que não): os offlines também estão! Surgiu uma forma de monitorar pessoas que assistem a comerciais na TV, também, utilizando um sistema que usa ultrassom, inaudível ao ouvido humano, para coletar informações sobre o espectador.

A técnica vale tanto na web quanto em anúncios off-line, como na TV. Quando o material é exibido, ele emite sons inaudíveis que são captados por outros dispositivos, como smartphones, tablets, TVs, entre outros. Assim, é possível fazer o acompanhamento dos hábitos da pessoa entre múltiplos dispositivos.

Quando o som é captado por estes aparelhos, cookies de navegador passam a ser capazes de ligar um usuário a múltiplos dispositivos. Assim, é possível saber a quais comerciais a pessoa assiste e por quanto tempo ela assiste. Graças à integração com outros dispositivos, também é possível saber se a pessoa realiza alguma ação sobre o anúncio, fazendo uma busca na internet, por exemplo. Além disso, também é possível para os anunciantes saberem quais tipos de dispositivos a pessoa usa regularmente.

A prática já está gerando discussões entre as autoridades dos Estados Unidos, já que se trata de uma questão séria de invasão de privacidade, e grupos ativistas como o CDT (Centro para Democracia e Tecnologia) já repudiam o método.

Um documento divulgado pelo CDT cita como principal vilão uma empresa chamada SilverPush. O comunicado conta que quando um usuário encontra um anunciante SilverPush na web, o anunciante cria um cookie no navegador e, ao mesmo tempo, reproduz um áudio ultrassônico pelos alto-falantes do computador ou outro dispositivo. O código sonoro é entendido por outros aparelhos que tenham aplicativos instalados que tenham usado o kit de desenvolvimento da SilverPush.

No caso das TVs, o áudio também é silenciosamente transmitido pelo recinto e captado por aplicativos instalados em aparelhos.

Até abril de 2015, a plataforma da SilverPush já era usada em 67 aplicativos que monitoravam 18 milhões de smartphones. Em nenhum destes apps a prática é explícita e não há forma de evitar o monitoramento. A empresa também não divulga quais são os... ( continua em http://olhardigital.uol.com.br/noticia/anuncios-de-tv-usam-sons-inaudiveis-para-monitorar-usuarios/52998 )
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    http://periodicos.unesc.net/index.php/criaredu/article/view/1437